"Acarajé da Barbie": quitute cor-de-rosa causa polêmica em Salvador

O filme da famosa boneca Barbie, que tem causado uma enorme expectativa no mundo todo, inclusive aqui no Brasil, foi motivo de polêmica em Salvador, por causa do acarajé. Tudo começou quando uma vendedora produziu o bolinho da cor rosa, em homenagem ao filme.

​+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp

Assim, o acarajé colorido, que viralizou nas redes sociais, virou alvo de críticas da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM). Para o portal de notícias g1, a presidente da entidade, Rita Santos, disse que "o bolinho na cor rosa não representa as tradições da venda do acarajé." O ofício das baianas de acarajé é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

– É um patrimônio, não só o ofício, mas também o nosso acarajé. Para mim (o acarajé cor de rosa) também não é acarajé, é simplesmente um bolinho de feijão. E ela não pode ser chamada de baiana – criticou Rita Santos.

A líder da associação disse que a ação de Adriana Ferreira desvaloriza além do ofício da baiana do acarajé, a cultura negra. Ela ainda criticou a atenção dada à boneca Barbie.

Já a vendedora do quitute colorido se defendeu, afirmando que era "somente uma brincadeira para entrar na onda do filme". Ela reforçou que não se incomoda com as críticas e detalhou que a coloração rosa não altera o gosto do acarajé, já que ela utiliza corante sem sabor.

Drica, como é popularmente chamada, vende acarajé e abará há 15 anos no subúrbio de Salvador e é conhecida por sempre usar o "diferencial" nas suas vendas. Há seis anos, ela se tornou conhecida na região por vender acarajé e abará na barca de sushi. Agora, é a vez da boneca Barbie.

Leia mais:

• Santa-mariense participa de campanha publicitária do filme "Barbie"
• Barbie: a boneca mais famosa do mundo chega aos cinemas com muito a dizer (e representar)