a partir de segunda

VÍDEO: mais de 65 alunos com deficiência não irão à escola por falta de transporte

Thays Ceretta

Foto; Renan Mattos (Diário)
Vanessa Polleti, 38 anos, é deficiente visual e será uma das alunas sem aula a partir de segunda

A partir desta segunda-feira, mais de 60 estudantes com deficiência atendidos pela Escola Antônio Francisco Lisboa, no Bairro Dores, em Santa Maria, não poderão ir à aula. Isso porque a direção decidiu suspender o serviço de transporte escolar por falta de repasse do recurso por parte da prefeitura.  

Essa situação já é considerada corriqueira e preocupa professores e alunos da instituição que atende pessoas com deficiência. Dos 211 alunos, 67 dependem do serviço. A escola permanecerá funcionando, mas aguarda uma posição da prefeitura.

Conforme a direção, faz dois meses que o Executivo não envia o repasse de R$ 26,8 mil para a escola pagar o transporte. O atual contrato do serviço vai até o dia 26 de maio, e a escola já enviou a documentação à prefeitura para a renovação.

- Isso já aconteceu ano passado e tivemos que cancelar antes porque, se a prefeitura não nos pagar, é a escola que precisa acertar com a empresa e não temos verba para isso - desabafa a secretária da Antônio Francisco Lisboa, Susete Quinhones.

No vídeo abaixo, a aluna Vanessa fala sobre sua decepção diante da situação:


O dono da empresa de transporte escolar, Luiz Maturino Flores, confirma a decisão da escola e diz que também faz o transporte para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Maria.

- Isso já acontece há anos. Sempre demoram para pagar. Eu trato direto com as escolas e a escola me repassa - diz.

Segundo Flores, o pagamento das duas instituições está atrasado, e espera que o contrato seja renovado em breve.

Na Apae, por enquanto, o serviço está mantido. Em outros anos, a situação foi motivo de protesto por parte dos familiares e alunos. Uma das manifestações ocorreu em novembro do ano passado.

O QUE DIZ A PREFEITURA
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano informa que há recursos para o transporte de alunos da Escola Antônio Francisco Lisboa até 26 de maio. Por isso, entende que não há motivos para a suspensão prévia do transporte. "A prefeitura está ciente de que os recursos estão se esgotando e, por isso, já busca outros recursos para cobrir o pagamento referente ao transporte", informa a secretaria, por meio de nota.  

Segundo a pasta, não há garantia de que um novo contrato do transporte seja feito até 26 de maio. "Porém, será aditado para que a escola receba devidamente as parcelas atrasadas".

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