educação

Vélez é demitido do Ministério da Educação, e Bolsonaro anuncia novo ministro

da redação*

Foto: Eduardo Anizelli (Folhapress)
Veléz foi demitido, oficialmente, nesta segunda-feira

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta segunda-feira a saída de Ricado Veléz Rodríguez do Ministério da Educação e o nome do novo ministro. Quem vai tomar posse do cargo é o professor Abraham Weintraub (foto ao lado). 

Em um post nas redes sociais, Bolsonaro adiantou que Weintraub é "doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta". 

O economista é professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), graduado em Economia pela USP. Executivo do mercado financeiro, atuou no grupo Votorantim e foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa. Em 2016, coordenou a apresentação de uma proposta alternativa de reforma da previdência social formulada pelos professores da Unifesp. Atualmente, Weintraub atua como secretário-executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni.

Na última sexta-feira o presidente já havia comentado a saída do ex-ministro em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto: 

- Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima - disse o presidente. 

Desde o início de março, a pasta vive um turbilhão envolvendo exonerações e mudanças que já atingiu ao menos 20 cargos. Sem experiência em gestão e com poucas conexões com o debate educacional, Vélez montou sua equipe a partir da indicação de vários grupos -o que resultou em um mosaico de interesses e disputas.

A dança de cadeiras no MEC começou em 8 de março. Ao tentar dar agilidade às ações do MEC, o movimento atingiu discípulos do escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo e responsável pela indicação de Vélez ao cargo.

A onda de demissões causada por uma disputa de poder entre grupos dentro do ministério não saiu de graça para os cofres públicos. Além de comprometer o funcionamento da pasta, as exonerações já custaram R$ 171 mil só em ajudas de custos.

*Com informações da Folhapress

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