Um mês após aulas começarem, escolas municipais ainda estão sem professores

Fotos: Gabriel Haesbaert (Diário)
Três turmas do 3º ano do Ensino Fundamental aguardam professores na Escola Maria de Lourdes Castro

A rede municipal completou um mês de aula pelo ano letivo de 2018 ontem, mas algumas escolas ainda enfrentam problemas como falta de professores, de merenda e de materiais específicos para alunos com necessidades especiais. O caso da Escola Maria de Lourdes Castro, no Residencial Leonel Brizola, região centro-leste da cidade, que se encaixa em todas estas situações, chegou até a Comissão Permanente de Educação, Cultura e Lazer. 

O presidente da comissão, o vereador Jorge Trindade, diz que uma reunião está marcada com a secretária municipal de Educação, Lúcia Madruga, para o dia 5 de abril, às 13h30min. Contudo, o parlamentar explica que, pela gravidade da situação, os integrantes da comissão querem adiantar o encontro com a titular da pasta, mas dependem de uma brecha na agenda de Lúcia.

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A diretora da escola, Silvana Guerino, que foi secretária de educação na gestão anterior, do prefeito Cezar Schirmer, comenta que o colégio ainda aguarda três professores para três turmas do 3º ano do Ensino Fundamental. Silvana conta que a coordenadora pedagógica da Educação Infantil assumiu uma turma de 3º, o que, de acordo com a diretora, ajuda muito a situação dos alunos. Ainda assim, as outras duas turmas aguardam a chegada de um profissional. Quando os educadores forem designados para cada uma das turmas, planos de recuperação das atividades deverão ser elaborados.

ATENÇÃO
Silvana diz que entende a situação e detalha os esforços da Secretaria Municipal de Educação (Smed) para resolver a situação da Escola Maria de Lourdes Castro e de outras instituições de ensino da rede municipal.  

Nesta quarta-feira encerram os prazos de dois editais da prefeitura que convocam professores para colégios do município e a diretora diz que, segundo a Smed, os educadores que se apresentaram devem ir para a Maria de Lourdes Castro.

_ A equipe da Smed está atenta aos nossos pedidos e fazem tudo que é possível para ajudar a nossa escola, assim como outras escolas que passam por situação semelhante. Estes editais exigem paciência, porque há o prazo de 15 dias para apresentação dos professores. Acreditamos que quarta-feira estaremos com os professores na nossa escola _ explicou Silvana.

A prefeitura diz que as demandas da Escola Maria de Lourdes Castro, bem como dos demais colégios da rede municipal, estão sendo recebidas pela Smed e, em conjunto com a equipe técnica da Secretaria de Finanças, estão sendo tratadas com a máxima urgência. Sobre o prazo de apresentação dos professores chamados, nesta quarta-feira, o Executivo municipal diz que, se for preciso, novos editais serão abertos para garantir que o quadro fique completo.

PARCERIAS PARA RESOLVER FALTA DE MERENDA E DE MATERIAIS

A diretora da Escola Maria de Lourdes Castro, professora Silvana Guerino, diz que o material específico que a instituição precisa é para uma aluna do 1º ano do Ensino Fundamental que tem baixa visão. Para as atividades pedagógicas a criança deveria aprender a ler com livros em braile (um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão). 

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Silvana conta que, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), a Escola Municipal São Carlos, do Bairro Urlândia, região sul da cidade, vai repassar o material para o colégio Maria de Lourdes Castro.

_ A diretora da São Carlos disse que eles estavam recebendo o material e não utilizam mais, então, será repassado para a nossa escola agora. Até já assinei o termo de transferência _ comemora a professora.

LANCHE
Sobre a merenda, Silvana diz que recebeu poucas coisas da prefeitura, mas mais uma vez destaca que sabe como funcionam os trâmites e a burocracia que envolve processos de licitação, compra de alimentos e afins. Enquanto o Executivo municipal não envia a quantidade suficiente de alimentos para a merenda, a escola tem pais, professores e outras pessoas da comunidade que fazem doações. 

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A prefeitura explicou que assim como a questão dos professores, a Smed recebe as demandas da rede municipal referentes à merenda e, em conjunto com a equipe técnica da Secretaria de Finanças, tratam a situação com a máxima urgência.