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UFSM prorroga retorno de atividades presenciais por mais um mês

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos 

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) anunciou, na tarde desta segunda-feira, a prorrogação da portaria que suspende as atividades presenciais por mais um mês. Com isso, as aulas seguem suspensas até o dia 14 de julho em todos os campi da instituição devido a pandemia do novo coronavírus.

Segundo a UFSM, os compromissos administrativas das unidades e demais órgãos institucionais terão continuidade de forma remota. Já os serviços consideradas essenciais seguem em funcionamento, bem como as aulas, por meio do Regime de Exercícios Domiciliares Especiais (REDE).

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Segundo o reitor Paulo Afonso Burmann, a decisão decorre de estudos sobre o avanço do coronavírus, orientações da Organização Mundial de Saúde e dos poderes públicos.

- Precisamos agir de forma responsável com as comunidades acadêmica, local e regional. Além de muitos alunos serem de outros municípios e estados, o aumento da circulação que o retorno às atividades gera é muito grande, o que poderia aumentar os casos de Covid-19 - relata o reitor.

Para Burmann, o início do inverno tende a deixar a situação mais complicada:

- Com a chegada do inverno, essa situação tende a ser ainda mais delicada. Estamos estudando todos esses cenários e criando planos de retorno às atividades para o momento seguro. Pedimos calma e tranquilidade. Reiteramos que trabalhamos na lógica de redução de danos e do bem estar da coletividade. O retorno gradual às atividades presenciais, quando tivermos as condições seguras, será avisado com antecedência, para que todos se organizem com tempo. 

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Segundo a UFSM, um primeiro esboço de um plano de retorno gradual está em discussão inicial em diversas instâncias da instituição. Contudo, será priorizada a saúde de toda a comunidade universitária e serão levadas em consideração as diretrizes que são estabelecidas no Plano de Distanciamento Controlado do Estado, bem como critérios da Organização Mundial de Saúde.

 - Este plano está em discussão e envolve, em um primeiro momento, todas as Unidades de Ensino da UFSM, bem como as Pró-Reitorias e suas respectivas coordenadorias, para que possamos contemplar as especificidades das diferentes áreas da Universidade. Na próxima semana será realizada uma reunião ampliada dos Conselhos Superiores para apresentar e discutir a ideia inicial do plano, que já está circulando entre nossa comunidade. Vamos ouvir professores, estudantes e técnicos-administrativos em educação e construirmos juntos a proposta final de retorno, ainda sem data e com a percepção de que temos um longo caminho a percorre - finaliza Paulo Burmann.

Confira a nota do Diretório Central dos Estudantes (DCE) sobre a prorrogação do retorno das atividades presenciais: 

"O DCE-UFSM considera acertada a decisão de adiar o retorno das atividades presenciais na UFSM por mais um mês. O momento que vivemos é muito complexo e exige que a população cumpra com as medidas de prevenção, como o distanciamento social. Porém, também é preciso que observemos com maior atenção a continuidade dessas atividades de forma remota. Precisamos da suspensão imediata desse regime na UFSM para que possamos iniciar ampla discussão com a comunidade acadêmica.

Nesse sentido, iniciamos a discussão com a comunidade acadêmica sobre a situação das atividades à distância do Regime de Exercícios Domiciliares Especiais, uma vez que a reitoria não fez essa movimentação antes e depois da implementação do REDE. Apresentamos, no último Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, um Plano Emergencial para a Graduação na UFSM, com as proposições da categoria estudantil e, dessa forma, convidamos as demais categorias à contribuírem na construção desse Plano, com o intuito de garantir a qualidade de ensino para todos e todas.

Precisamos respeitar o distanciamento social e, com urgência, precisamos debater os efeitos que essa pandemia causa em nossa sociedade. Não podemos continuar com as atividades acadêmicas sem uma ampla discussão dos impactos delas na vida dos e das estudantes". 

"O semestre parou em 16 de março e vai recomeçar do ponto onde parou"

Em relação às reiteradas críticas feitas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) sobre o Regime de Exercício Domiciliares Especiais (Rede), o reitor Paulo Afonso Burmann afirma que nenhum estudante é obrigado a acompanhar as aulas. A decisão cabe a cada um e, segundo ele, não haverá prejuízo no retorno das atividades. 

- Estamos orientando, desde já, professores e coordenadores, que o regime é opcional. Tanto para o estudante quanto para o professor. O professor que entende que seu conteúdo não pode ser ministrado de forma remota, não está ministrando. Já o aluno que entende que não pode acompanhar por qualquer alegação, está tudo certo. É opção dele. É opção do professor - afirma o reitor, ao salientar que de 60% a 70% dos estudantes da instituição estão realizando algum trabalho de forma remota. 

Sobre o retorno das atividades presenciais,  Burmann afirma que, no cenário atual, não há condições de retornar às atividades normais antes de agosto. 

- O semestre parou em 16 de março e vai recomeçar do ponto onde parou. Por isso que eu falei que é possível que tenhamos vencido apenas um semestre ao longo de 2020, porque esse cenário não se desenha retomando facilmente antes de agosto - finaliza.

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