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Decisão sobre retorno das aulas presenciais no RS deverá ser anunciada na próxima semana

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A retomada das aulas no Rio Grande do Sul em meio à pandemia foi dividida em cinco etapas. A partir deste mês, todos os níveis de ensino podem ser retomados, desde que sejam feitos de forma remota. A exceção para aulas presenciais é para atividades práticas de ensino essencial para conclusão de curso no Ensino Superior, Técnico Subsequente e pós-graduação, além dos cursos livres a partir de 15 de junho - a segunda etapa do cronograma.

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As etapas seguintes, que vão até setembro, ainda não têm datas definidas. A partir de julho, a projeção inicial do governo é que pelo menos parte das aulas para crianças e adolescentes seja retomada na terceira etapa. Durante a live sobre o coronavírus na tarde desta segunda-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que a decisão sobre os próximos passos na educação deverá ser anunciada na próxima semana

- Na próxima semana, devemos nos pronunciar se vamos dar um passo seguinte, com retorno presencial, para o mês de julho. Estamos analisando esses protocolos, os dados do Estado, analisando protocolos de outros locais, estamos trabalhando com especialistas, vendo as condições de efetivamente termos um retorno presencial ainda em julho - explicou o governador. 

No cronograma apresentado pelo governo ainda em maio, o Estado ainda estuda quatro cenários de retorno: entre a terceira e quinta etapa envolvem o ensino presencial da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Técnico. Já o ensino presencial superior, tanto graduação quanto pós-graduação, só é projetado para retornar na quinta ou sexta fase - as últimas.

A previsão é que o retorno presencial de todos os níveis de ensino só aconteça em setembro.

  • ETAPA 1: 1º de junho
    Ensino remoto para todos os níveis de rede pública e da rede privada
  • ETAPA 2:15 de junho
    Retorno das atividades práticas de ensino essenciais para a conclusão do curso, pesquisa, estágio curricular obrigatório e atividades em laboratórios no Ensino Superior, Pós-Graduações e Ensino Técnico Subsequente (41 mil alunos); Cursos livres que necessitam de aulas práticas (100 mil alunos). 
  • ETAPA 3: 1º de julho
     Ainda sem definição
  • ETAPA 4: 03 de agosto
    Ainda sem definição
  • ETAPA 5: 1º de setembro
    Ainda sem definição

Para que as atividades possam funcionar, dever ser respeitado todos protocolos de segurança, como utilização obrigatória de máscaras e distanciamento mínimo. As atividades só poderão ocorrer nas regiões onde vigoram as bandeiras amarelas ou laranjas. Caso a região tenha bandeira vermelha ou preta, todas as atividades de ensino serão suspensas novamente.

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"QUASE UM GENOCÍDIO"
Para o diretor do 2º Núcleo do Cpers, Rafael Torres, a possibilidade do retorno às aulas presenciais em julho é "quase um genocídio". O sindicato é contra a volta das atividades sem ser de forma remota neste momento:

- É praticamente impossível, principalmente se tratando da educação básica. Se para um adulto já é difícil obedecer todas as medidas de prevenção, imagina para crianças que estão há mais de 60 dias sem aula, longe dos colegas e professores. Como, no inverno rigoroso que temos, manter janelas abertas, por exemplo? Sem contar que todos esses alunos, apesar de não serem do grupo de risco, a maioria convive de perto com pessoas acima de 60 anos - completou Torres. 

No Facebook, um grupo foi criado por pais como uma mobilização para que o ensino presencial não retorne. Intitulado Escolas Fechadas, Vidas Preservadas, o grupo conta com mais de 25 mil internautas. Durante as lives realizadas pelo governador, diversos comentários com a #EscolasFechadasVidasPreservadas são postados como forma de protestos virtuais. 

PROTOCOLOS
Na última quinta-feira, as secretarias de Saúde e Educação publicaram no Diário Oficial do Estado os protocolos que deverão ser adotados por todas as instituições quando o ensino presencial for retomado. 

Entre as medidas, as instituições devem suspender a realização de excursões e passeios externos, bem como todas as atividades que envolvam aglomeração, como reuniões e formaturas. Também fica proibido as atividades esportivas presenciais, como futebol, voleibol, ginásticas e balé. O uso de catracas de acesso e de sistemas de registro de ponto também devem ser suspensos (a portaria completa pode ser acessada aqui). 

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