rede estadual

Sobe para 24 escolas de Santa Maria que estão em greve

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
No Coronel Pilar, salas de aulas estavam vazias

ATUALIZAÇÃO: matéria atualizada às 20h08min em 19 de novembro de 2019

A greve dos professores da rede estadual chegou nesta terça-feira ao segundo dia. Agora, são 24 escolas afetadas pela paralisação, total ou parcial - o que corresponde a cerca de 70% (o levantamento considera 35 escolas). Na segunda-feira, primeiro dia de greve, nove instituições tinham aprovado a adesão ao movimento em protesto ao pacote do governo estadual enviado ao Legislativo. A greve ainda divide a opinião de professores e funcionários e, em algumas escolas, segue sendo tema de assembleias da categoria.

Inep anula questão do Enem 2019

O Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) ainda mensura o tamanho da participação das escolas santa-marienses na greve. Entretanto, conforme o diretor geral do núcleo da Região Central, Rafael Gomes Torres, a maioria das escolas está, pelo menos, em greve parcial.

- O levantamento ainda está sendo feito, mas mais de 80% das escolas da região estão total ou parcialmente paradas - afirma.

Na noite de segunda-feira, em reunião, os professores do Colégio Manoel Ribas, o Maneco, definiram pela paralisação. Conforme a diretora Rosângela Freitas, os turnos diurnos (manhã e tarde) estão sem aula.

- A votação foi de 38 a 35 pela greve. Quem não quiser aderir pode ficar na escola. As aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) seguem normalmente à noite - afirma.

1ª JAI Negra leva trabalhos acadêmicos para a Praça Saldanha Marinho

A diretora comenta que havia outras alternativas para protestar contra os projetos do governo do Estado que modificam o plano de carreira dos servidores públicos e o sistema de aposentadorias.

- Foram feitas outras sugestões ao Cpers, inclusive jurídicas. Na escola, 38 a 35 é uma diferença pequena - opina.

No Colégio Estadual Coronel Pilar, segundo o diretor Elton Albo, os alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental estão com aulas normais. Já os professores que dão aula nos anos finais e no Ensino Médio estão em greve. Nesta sexta-feira, uma nova reunião deve definir o rumo para a próxima semana.

- A decisão foi unânime. A proposta da escola é ouvir individualmente os professores, e não a maioria. Se algum optar por seguir dando aula, nós teremos as aulas dessa disciplina - explica.

Já a diretora do Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac, Simone Degrandi, informa que a greve teve adesão de cerca de 80% dos professores. As séries iniciais e os cursos noturnos seguem com aula. Na próxima-segunda feira, uma nova reunião vai decidir os próximos passos.

UFN divulga temas das redações do vestibular de verão

O Grêmio Estudantil do Bilac também juntou forças aos professores na greve.

- A decisão foi tomada por causa da precarização da escola pública, o que nos afeta diretamente. Uma das nossas pautas é estar junto aos professores pela valorização do servidor público - afirma a estudante Laura Serpa.

Os alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental do Irmão José Otão seguem com aulas à tarde. Já os professores dos turnos da manhã e noite aderiram à greve. Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA estão sem aulas. De acordo com a diretora Laurenita Maria Burlegon, a escola continua com paralisação parcial até 25 de novembro, quando haverá uma nova deliberação sobre a continuidade da greve.

DIVERGÊNCIA 
Os números apurados de escolas em greve pelo Cpers e pela 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) divergem. Na manhã de terça, o levantamento parcial feito pelo Cpers indicava 25 escolas paralisadas, sendo nove com paralisação total e 16 em parte. 

De acordo com o levantamento parcial da 8ª CRE, são oito escolas paralisadas, mas não foram informadas quais são elas. O coordenador regional José Luis Viera Eggres afirma que a 8ª CRE respeita o direito à greve.

- Nós reconhecemos a greve e aguardamos as tratativas da Secretaria de Educação com o Palácio Piratini e o Cpers - afirma.

Hoje, o Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm) divulgou uma nota apoiando a greve do magistério estadual. "Nossos colegas professores estaduais partem novamente em um movimento grevista após mais um ataque violento aos seus direitos", destaca um trecho. "Os professores municipais de Santa Maria se solidarizam com a luta dos professores estaduais. A defesa do ensino público gratuito e de qualidade é uma luta coletiva", finaliza o Sinprosm. 

Inscrições para reingresso e transferência começam nesta segunda no IF Farroupilha

PANORAMA 

Greve total

  • João Link Sobrinho
  • Cilon Rosa 

Greve parcial 

  • Érico Veríssimo
  • Reinaldo Fernando Coser
  • Celina de Moraes
  • Rômulo Zanchi
  • Edson Figueiredo
  • Gomes Carneiro
  • Margarida Lopes
  • João Belém
  • Manoel Ribas   
  • Coronel Pilar
  • Edna May Cardoso
  • Maria Rocha
  • Santa Marta
  • Walter Jobim
  • Irmão José Otão
  • Boca do Monte
  • Olavo Bilac
  • Tancredo Neves
  • Antônio Xavier da Rocha
  • Marieta D'Ambrosio
  • Princesa Isabel
  • Paulo Devanier Lauda 

Aula normal 

  • Luiz Guilherme do Prado Veppo
  • Arroio Grande
  • Castelo Branco
  • Almiro Beltrame 

* As escolas Paulo Freire, Marechal Rondon, Naura Teixeira Pinheiro, Cícero Barreto, Padre Caetano, Augusto Ruschi e Dom Antônio Reis não atenderam às ligações feitas na manhã e tarde de hoje

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

1ª JAI Negra leva trabalhos acadêmicos para a Praça Saldanha Marinho

Próximo

No primeiro dia, nove escolas estaduais aderem à greve

Educação