portaria nº 1.030

Reitor da UFSM garante que retomada presencial não deve ser feita antes da vacina

Natália Müller Poll

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

Depois de analisar a Portaria Nº 1.030 do Ministério da Educação (MEC), instituições e sindicatos de Santa Maria se manifestaram contrários a definição de retomar as atividades presenciais em ensino superior no mês de janeiro.

Em nota, o reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Paulo Burmann, que se recupera da Covid-19 em isolamento domiciliar, disse que a medida será analisada com prudência. 

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Em uma live, promovida pela Associação dos Servidores da Universidade Federal de Santa Maria (Assufsm), portaria era discutida, entre outros assuntos. Na ocasião, Burmann garantiu que não existe a possibilidade de uma retomada de atividades presenciais antes de existir uma vacina para a Covid. 

Ele também pede tranquilidade para a população, pois qualquer medida que a universidade tomar, não estará nos planos qualquer possibilidade dessa retomada. 

No mesmo bate papo estavam presentes Heverton Padilha, advogado, e Marcia Helena Lorentz, pró-reitora de gestão de pessoas. Heverton acredita que seja necessário questionar se os benefícios de retomar as atividades presenciais são maiores do que os riscos que ela representa para a comunidade. Ele analisa a possibilidade de avaliar judicialmente e dispara que essa atitude é uma "pressão política e ideológica". 

A pró-reitora de gestão de pessoas afirmou que não existe nenhuma data que a universidade possa sinalizar uma retomada e garante que o trabalho da instituição é em prol da comunidade em geral, que é onde a comunidade universitária está inserida.

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SEDUFSM
Conforme assessoria da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), a diretoria ainda vai se manifestar oficialmente, mas garante não estar de acordo com a portaria. Em um primeiro momento, a Sedufsm afirma que nada muda diante dessa determinação e que está em conformidade com a Reitoria da universidade.

Gihad Mohamad, tesoureiro-Geral lembra que os números da Covid ainda estão aumentando e o fato da UFSM movimentar tanta gente - a maioria de fora da cidade - ainda não é seguro.

FASUBRA
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil publicou nota oficial no Facebook. Leia abaixo trechos:

"Tal medida vem na contramão das medidas sanitárias de combate a disseminação da Covid19, situação agravada atualmente pelo aumento da curva de contágio, que em algumas regiões já ultrapassa os números máximos da primeira onda(...)Ou seja, o governo Bolsonaro continua tratando a Covid-19 como uma gripezinha(...)A FASUBRA Sindical defende a autonomia universitária, a ciência e a vida, tanto da população como da comunidade universitária, e já está buscando junto à sua assessoria jurídica, e a entidades parceiras do movimento sindical e estudantil, assim como em conjunto com a ANDIFES, medidas no sentido de sustar esta portaria."

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DCE UFSM
Em nota, Kauã Arruda Wioppiold, membro do DCE-UFSM e diretor da União estadual dos estudantes do Rio Grande do Sul (UEE-RS) declarou que:

"A volta às aulas presenciais nas instituições federais neste momento coloca em risco a vida de milhares de estudantes e funcionários. A portaria n°1030 é divulgada de forma precipitada e irresponsável, visto que temos tido um aumento no número de mortes em todo país e vivido o pior quadro da pandemia no Rio Grande do Sul desde de março, de acordo com o governo do estado. Na UFSM, está em vigor um calendário em REDE (Regime de Exercícios Domiciliares Especial), que adaptou o ensino para a modalidade virtual. Solicitar o retorno presencial dessa forma significa, além de um ato de negligência e descaso com a saúde, significa ter que rever mais uma vez o que já foi discutido penosamente. Assim, devemos garantir a autonomia universitária e repudiar o retorno do ensino presencial enquanto não houver medidas de biossegurança necessárias, especialmente a vacina."

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