série volta às aulas

Qual a mochila ideal para cada idade?

Da redação

Foto: Renan Mattos (Diário)

Em época de volta às aulas, uma dúvida costuma acompanhar os pais: qual a mochila mais adequada para meu filho? São vários os modelos, tamanhos, estampas e acessórios disponíveis que enchem os olhos de crianças e adolescentes. E a escolha deve levar em conta fatores como a estrutura física do aluno, o material a ser levado e a maneira como a mochila será usada.

SÉRIE VOLTA ÀS AULAS
Esta é a última reportagem de uma série publicada pelo Diário no período de volta às aulas

Segundo a fisioterapeuta Camila Peixoto Ceretta, é importante observar o peso que será levado, para que as crianças ou os adolescentes não sofram lesões.
- O ideal é que o peso transportado não exceda de 10% a 15% do peso corporal desse aluno. Mas os pais devem considerar, também, fatores como o biotipo - orienta Camila.

Para evitar que as mochilas fiquem com o peso acima do ideal, a dica é verificar, diariamente, o que está sendo levado para a escola. A quantidade de livros e cadernos varia conforme o ano que o aluno frequenta.

Por isso, a fisioterapeuta recomenda que somente o material necessário para cada aula seja carregado, deixando em casa os itens supérfluos.

- Cadernos de capa dura podem ser substituídos por fichários. O adequado seria que as escolas disponibilizassem armários para que os materiais excedentes, como livros didáticos pesados, pudessem ficar armazenados na instituição - complementa.

TIPO DE MOCHILA POR FAIXA ETÁRIA

4 aos 5 anos 

  • O ideal é que a criança utilize apenas uma pequena lancheira ou merendeira 
  • Caso seja necessário, use uma bolsa com rodinhas

6 aos 7 anos

  • Ainda recomenda-se a bolsa com rodinhas, mas já é possível carregar uma mochila às costas, desde que sem muito peso 

8 aos 11 anos

  • A mochila pode ser usada com pouco peso, e sempre usando as duas alças 

12 e 13 anos

  • A mochila de alças nas costas está liberada, seguindo a regra de 10% a 15% do peso do aluno 
  • Para prevenir dores e outros efeitos indesejáveis, é preciso ficar atento à forma como a mochila é usada, a começar pelo tamanho, que nunca deve ser maior que o comprimento do tronco da criança
  • É importante usar as alças nos dois ombros, distribuindo melhor o peso da mochila. As alças precisam estar bem ajustadas. Caso contrário, haverá sobrecarga na região do pescoço
  • Quando a bolsa fica muito baixa, chegando à altura do bumbum da criança, há uma sobrecarga na região da lordose lombar - região curva às costas, situada acima da bacia -, sem contar que também força a região cervical, provocando dores de cabeça
  • Pais devem ficar atentos à queixa de dores nas costas

USO ADEQUADO 
Na hora de escolher a mochila - de alça, de rodinha ou tipo bolsa -, é preciso considerar como ela será usada e a faixa etária do estudante (confira as orientações no quadro).  

Camila Ceretta destaca que, devido às diversas adaptações e mudanças corporais, é comum encontrar alterações posturais nas crianças durante a fase de crescimento e desenvolvimento e que podem vir a desaparecer ou se acentuar na vida adulta.

- Apesar de não haver evidências científicas de que apenas o transporte de mochila escolar pesada possa acarretar dores ou desvios posturais, sabemos que a adoção de posturas inadequadas e sobrecargas por longo período de tempo podem levar a desequilíbrios de grupos musculares e, consequentemente, acentuar deformidades pré-existentes, como a escoliose - reforça a fisioterapeuta.

Recomenda-se o uso de mochilas confeccionadas com materiais leves, alças bilaterais acolchoadas, reguláveis e ajustadas, de modo que o fim da mochila fique na altura da cintura pélvica da criança. Também é recomendado que a mochila possua uma faixa regulável na parte de baixo para que seja presa ao redor da cintura e, assim, melhorar a fixação da carga próxima à coluna vertebral, evitando desequilíbrios.

No caso das mochilas de rodinhas, recomendadas para as crianças menores, é preciso estar atento ao ambiente escolar. Se a instituição de ensino possuir muitas escadas, por exemplo, os modelos com rodinhas podem se tornar um problema.

A forma de carregar essa mochila também exige atenção dos pais, pois não é recomendável que a criança puxe-a sempre com o mesmo braço. Nesse caso, para evitar problemas, a orientação é ensinar o pequeno estudante a revezar os braços.

Hábitos e mobiliário podem causar danos e outros problemas posturais

Além do uso incorreto da mochila, outros hábitos podem influenciar na postura de crianças e adolescentes. O sedentarismo, o sobrepeso e as posições inadequadas na hora de sentar para assistir a uma aula podem contribuir para o surgimento de danos mais sérios.

Segundo a fisioterapeuta Camila Ceretta, a maioria dos problemas posturais tem sua origem na infância, especialmente aqueles relacionados com a coluna vertebral, e são causados ou acentuados por traumatismos e vícios posturais inadequados.

- É importante que o mobiliário escolar respeite as características ergonômicas para cada faixa etária, que o tema educação postural seja adotado desde cedo em sala de aula e também em casa e que se evite longos períodos na mesma posição. Também é aconselhável que crianças e adolescentes passem por avaliação postural e tratamento precoce sempre que alguma anormalidade seja identificada - sugere Camila.

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