Infraestrutura

Escolas ainda convivem com salas improvisadas devido a problemas estruturais

Manuela Vasconcellos

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O temor tem rondado a Escola Municipal de Ensino Fundamental Pinheiro Machado, onde os estudantes estão tendo como lição a arte de improvisar. Desde o começo deste ano letivo, três salas de aula foram esvaziadas pela própria direção. Isso porque a estrutura que sustenta o telhado está quebrada, o que faz com que as telhas afundem, e a fiação elétrica está exposta no forro. Ainda não há previsão para a reforma.

_ No fim do ano passado, um engenheiro da prefeitura atestou que a estrutura estava comprometida. Mas, desde bem antes disso, a direção tem tentado dar encaminhamento ao processo para conseguir a reforma. Enquanto isso, a cada vez que chove, ficamos preocupados, torcendo para que nada de ruim aconteça porque a força da água pesa nas telhas e tudo pode ceder _ explica Gesiel Freire, diretor da escola.

A Pinheiro Machado é uma das cinco maiores escolas municipais em termos de alunos. Nela, estudam 516 alunos nos três turnos. Desses, 75 foram removidos para espaços improvisados devido ao perigo iminente de queda do telhado. Enquanto isso, a secretaria e a direção da instituição seguem funcionando embaixo da estrutura comprometida.

Na sala de computadores, onde está a turma do 2º ano, os equipamentos foram arredados para o canto, dando espaço para as classes e as cadeiras. Já na biblioteca, uma estante repleta de livros está coberta pelo quadro negro para que os estudantes consigam ter as lições. Até um galpão serve de espaço para estudo. Para melhor acomodar a turma do 5º ano, a direção colocou um forro.

_ No verão, é muito quente, e no inverno, é bem frio. E quando chove, escorre água aqui para dentro _ relata uma das alunas.

Conforme a secretária municipal de Educação, Silvana Guerino, a previsão é que, na segunda-feira, seja encaminhado o projeto de reforma para o setor de licitação da prefeitura. O investimento será de cerca de R$ 124 mil.

_ Embora se apresentem esses problemas, não teve uma situação que levasse à urgência do atendimento dessa demanda. Houve um problema de inconsistência na elaboração da licitação e ela retornou para a nossa secretaria. Agora, foi feita a correção e já demos encaminhamento novamente na licitação _ declara a secretária.

Na Duque de Caxias,
salas já foram demolidas
 
Outra instituição de ensino municipal que também enfrenta problemas de infraestrutura é a Duque de Caxias. A escola também teve de providenciar quatro novas salas para 80 alunos. Tudo porque, em março, a Defesa Civil interditou parte da escola, que estava com o telhado comprometido.

Assim como a Pinheiro Machado, a escola aguarda o lançamento de uma licitação para a reforma do local. No começo de maio, a escola fez a retirada do telhado que estava com problemas, por meio de recursos do programa de descentralização de gestão financeira, em que a prefeitura destina recursos para as escolas e a direção de cada uma dá os encaminhamentos necessários.

Silvana Guerino explica que a secretaria de Desenvolvimento Urbano está elaborando o projeto de reforma. Contudo, ainda não há previsão de quando a licitação para contratar empresa para fazer a reforma será lançado.

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