Alunos da Escola Estadual Manoel Ribas participam de oficina com indígenas de Santa Maria

Alunos da Escola Estadual Manoel Ribas participam de oficina com indígenas de Santa Maria

Fotos: Beto Albert (Diário)

O trabalho do entrelace que é passado de geração para geração nas tribos indígenas chegou até a Escola Estadual Manoel Ribas. Cerca de 20 alunos passaram por três dias de oficina com técnicas de artesanato, ministradas por membros da tribo indígena caingangue de Santa Maria. Além de ouvir sobre os significados que permeiam essa cultura, os participantes também fizeram trabalhos como cestas e filtro dos sonhos. O encerramento ocorreu nesta quarta-feira (25). 

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Os 20 são representantes de turmas do segundo e terceiro ano do Ensino Médio. Eles foram escolhidos para integrar a atividade e depois partilhar com seus colegas. 

– Quanto mais gente entender o processo, melhor – acredita o cacique Natanael Claudino. 

Orientação do Natanael sobre o significado do filtro dos sonhos para a cultura indígena.

– No primeiro momento, apresentamos o significado do artesanato para nós. Explicamos que isso é passado de geração a geração. Sobre o material, falamos de onde a gente tira. De que forma a gente tira e o tempo que podemos tirar e como fazer isso, para continuar tendo esse material ao longo do tempo – complementa o cacique. 

O convite para a atividade foi feito pelo projeto 1ª Feira de Literatura, da Biblioteca Municipal. A ação faz parte de uma ação afirmativa para valorizar e preservar a história de culturas, como a indígena. A oficineira Soeli Garej Mineiro também orientou o grupo de alunos nessa experiência: 

Soeli ensinando o filtro dos sonhos.

– Não quero que a nossa cultura venha a desaparecer com o passar do tempo. É muito importante para nós que os alunos tenham o desejo de aprender nossa cultura do artesanato. O que é mais importante no artesanato é querer aprender, é a prática. 

Leia mais:

Depois de ouvir Natanael e Solei, a aluna de 17 anos, Thaíssa Pereira Pedrozo ficou surpresa sobre a história desconhecida desse povo. As habilidades e a produção artesanal que priorizam a sustentabilidade econômica encantaram a turma. 

Thaíssa sendo orientada na confecção de sua cesta.

– Percebemos o quão desconhecida é essa cultura. Às vezes passamos pelas produções no centro de Santa Maria e nem imaginamos o quão trabalhoso. E essas cestas, todo o trabalho é lindo – relata Thaíssa. 


O projeto 1ª Feira de Literatura é financiado através da Lei de Incentivo a Cultura municipal. 

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Bibiana Pinheiro

bibiana.pinheiro@diariosm.com.br

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