Escola municipal Professora Altina Teixeira completa 50 anos de trabalho com a comunidade

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: arquivo da escola
O registro da primeira fachada, em 1972, é guardado com muito carinho pela equipe da escola. 

Colecionando momentos, histórias e aprendizado, a Escola Municipal Professora Altina Teixeira completou 50 anos de história em 7 de abril. Localizada no Bairro Juscelino Kubitcheck, a escola conta com uma equipe de 22 professores e atende 318 alunos, distribuídos em turmas de primeiro a nono ano.

Para comemorar a data, uma programação especial foi organizada pela equipe da escola. Segundo a vice-diretora Angela Cardoso, de 42 anos, os alunos vêm desenvolvendo atividades também em sala de aula, com leituras, desenhos e trabalhos sobre o aniversário da instituição. Ela iniciou sua trajetória na escola em 2003 como professora de anos iniciais. Em 2021, entrou para a equipe de direção. Os vários anos de trabalho permitiram que ela participasse da evolução da instituição.

- Eu vi a escola crescer assim como eu fui crescendo como professora. Eu tenho muitos aprendizados aqui nesse espaço e um carinho enorme por essa escola, que eu tenho como minha, meu segundo lar - comenta Angela. 

Associação de Cegos e Deficientes Visuais de Santa Maria lança campanha em busca de doações

A VOLTA DO PRESENCIAL
Este ano, a escola comemora o aniversário de forma presencial, o que torna o momento ainda mais especial. A pandemia fez com que nos últimos anos apenas homenagens online fossem realizadas. Segundo o diretor Dilmar Diniz da Silveira, de 60 anos, a volta da alegria e euforia instalada no ginásio promove um sentimento especial. Ele iniciou o trabalho na instituição como professor das séries iniciais e, desde 1994, atua como diretor. Totalizando 42 anos de trabalho no local, a alegria de comemorar a data é visível nos olhos de Dilmar:

- Nesses 50 anos, só temos orgulho da escola e das crianças. É muito bom ver esse ginásio vivo, essas crianças correndo, gritando de novo. Era isso aí que faltava.

MUITOS ANOS DE VIDA E HISTÓRIAS PARA LEMBRAR
Fundada em 1972, a escola coleciona momentos que compõem os 50 anos de trabalho. Em 2018, ela foi uma das oito escolas selecionadas para receber um selo do Programa de Escolas Associadas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (PEA-Unesco). 

Através dos projetos realizados em conjunto por alunos, pais e comunidade da Vila Caramelo, a instituição ganhou destaque ao desenvolver ações extra-classe, com foco no meio ambiente e na sustentabilidade. O projeto sustentável que inclui hortas verticais, aproveitamento de espaço, jardim no pneu, brechó, reciclagem e incentivo à leitura foram pontos considerados para a certificação.

Em 2020, a equipe lutou para trabalhar através do ensino remoto. Após 100 dias sem aula, a principal meta era não perder o contato com os alunos. A supervisão foi responsável pela criação de grupos no Facebook, além de realizar o envio das atividades impressas para aqueles sem acesso aos canais de comunicação. Todo o procedimento era cuidadosamente realizado com todas as medidas de higiene necessárias.

A escola já recebeu muitas gerações de famílias na sala de aula. Dilmar brinca que todos são uma "grande família". Matriculada desde o 1º ano na escola, a estudante Camily Otto da Cunha, de 10 anos, conta que a mãe e a avó caminharam pelos mesmos corredores que hoje ela brinca com os amigos. A estudante do 5º ano diz que sempre ouviu comentários feitos pelos familiares, que relembram bons momentos vividos na instituição.

- Minha mãe gostava de estudar aqui, sempre comenta que a professora dela era muito boa. Eu também gosto, é uma escola muito legal. Eles nos tratam muito bem e eu espero que siga assim, com um ótimo ensino para as crianças.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Marcelo Oliveira

UFSM emite recomendação para uso de máscaras em ambientes fechados da instituição

Além do Dilmar, muitos professores também viveram grande parte da carreira profissional no local. É o caso da Cristina Belochio de Abreu, de 53 anos. A professora de inglês está há 23 anos na escola, que era feita de madeira na época. Ela relembra que foi muito bem recepcionada pela equipe logo na sua chegada, e vê a escola como uma segunda casa, já que conhece grande parte da comunidade. 

- Foi muito legal ver a escola ser parabenizada por todos. Eu fico muito feliz, porque adoro trabalhar lá. Hoje, meus primeiros alunos são pais, mães ou avós dos alunos que tenho em 2022

No turno da manhã, a professora Fernanda Dorneles Vargas leciona para turmas de 5º ano. Feliz com a volta dos encontros presenciais, ela conta que é muito satisfatório participar desse momento histórico, principalmente comemorando o aniversário da escola, que é muito importante para a comunidade. O contato e a volta da experiência "olho no olho" foi muito aguardada por ela. Mesmo com as dificuldades que a profissão apresenta, ela diz que sente muita alegria ao ensinar.

- Eu cultivo esse amor pela profissão, e sei que muitos colegas também. Estar aqui presente, acompanhar o crescimento deles no dia a dia, participar da história de vida dos alunos e da escola é algo muito importante, que me traz uma satisfação enorme como pessoa e profissional - diz Fernanda.

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
Para comemorar a data, uma programação especial foi organizada pela equipe. Na manhã de quinta-feira, foi feita a distribuição de cachorro-quente para os alunos durante o recreio estendido, um dos diferenciais da semana. Durante os 30 minutos de diversão, o ginásio da escola foi palco de muita música e brincadeira.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

Lançado edital de revitalização do Calçadão de Santa Maria

A VOLTA DO TRADICIONAL RISOTO DE ANIVERSÁRIO
O aniversário da escola é marcado também pela venda do risoto, que foi interrompida devido à pandemia. Neste ano, a produção, que conta com a participação da comunidade, volta a acontecer. A comunidade contribui com a doação de materiais e auxilia na preparação do prato, que é feito no fogão campeiro que existe na escola. Os preparativos têm início no dia anterior, onde a equipe realiza o corte dos alimentos e organiza o local onde tudo será feito. O início da preparação está marcado para às 08h30min do sábado, já a distribuição das marmitas acontece a partir das 11h30min, através do formato "pague e leve".

No total, 360 fichas foram disponibilizadas. Uma parte foi vendida na escola, enquanto o restante foi distribuído entre os alunos, que ficaram responsáveis pela venda. Todas as fichas disponíveis na escola estão esgotadas, restando apenas a quantia que foi destinada para os alunos. Segundo a vice-diretora, devido à grande procura, todas as unidades de risoto serão vendidas.

*Vitória Parise