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Aulas presenciais serão retomadas na UFSM entre 21 de março e 14 de abril

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (arquivo/ Diário) 

O retorno do ano letivo está próximo nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, todas de forma presencial. A discussão sobre o retorno 100% presencial na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) também existe e, com o final do segundo semestre letivo se aproximando, fica mais evidente a ncessidade de uma decisão. Em entrevista ao programa Análise, na manhã de sábado, o reitor da universidade, Luciano Schuch, falou sobre o assunto. Schuch também falou sobre as possíveis mudanças no sistema de ingresso nos cursos de graduação já no ano que vem (leia mais abaixo). 

VOLTA PRESENCIAL 
Na última sexta-feira, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), analisaria e votaria na proposta de três datas de volta às aulas presencial, junto com a definição do calendário acadêmico de 2022. As datas são 21 de março, 4 de abril ou 14 de abril, segundo o reitor. As datas são resultado de discussões entre a comunidade acadêmica. 

- Se perguntar para mim, eu gostaria que fosse em março. Mas essa não é uma decisão que cabe ao reitor, é uma decisão do conselho - saliente Schuch. 

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A votação dos conselheiros, porém, ficou para a próxima reunião, marcada para terça-feira. Em qualquer uma das datas definidas, a volta será quase 100% presencial, explica Shuch: 

- A legislação permite até 40% do ensino com atividades a distância. A ideia é que os cursos façam suas avaliações, conforme cada disciplina, e, em algumas exceções, trabalhem de forma remota. Mas todos voltam presencialmente, serão apenas exceções. 

Com os cursos da área da saúde e o retorno presencial de alunos do Colégio Industrial (Ctism) e Polítécnico, o reitor diz que cerca de 5 mil estudantes já frequentam presencialmente o campus. 

Os servidores, que já tinham voltado a trabalhar presencialmente e, depois, tiveram alterações nos turnos em função do aumento de casos de Covid-19, com a chegada da ômicron, poderão voltar ainda antes do começo do ano letivo. Essa é uma avaliação feita a cada semana. 

LEVANTAMENTO DE VACINADOS
No dia 3 de fevereiro, a instituição começou a fazer um levantamento online entre alunos e servidores para ver quantos estão vacinados. Questionado se a instituição passará a exigir passaporte vacinal, o reitor disse que é pouco provável: 

- O passaporte é uma questão muito polêmica, e não tem como impedir um servidor ou aluno de entrar em uma sala de aula por não ter o passaporte. A decisão é fazer o levantamento de todos os nossos estudantes e servidores, e ele vai ter que informar se foi vacinado ou não e o porquê não se vacinou. Com isso, teremos um panorama de como está a vacinação na universidade, e então poderemos tomar uma nova decisão. 

Segundo o reitor, a UFSM seguirá exigindo a obrigação de protocolos como uso de máscara, distanciamento de 1,5 metro entre alunos e higienização das mãos para garantir a segurança de todos.  Os dados do levantamento ainda não foram divulgados. Segundo Schuch, até o final do semestre, mais pessoas terão respondido, dando o cenário do todo. Mas o reitor adianta que o número de não-vacinados é muito baixo conforme o que já foi apurado. 

VOLTA DO VESTIBULAR?
A mudança na forma de ingresso na UFSM também é uma das discussões da gestão de Schuch na reitoria, embora o assunto tenha começado há cerca de um ano e meio, quando Burmann ainda era reitor. O plano é que neste primeiro semestre de 2022 a Universidade, junto da comunidade - especialmente as escolas e professores da região - contribuam com o debate. 

Schuch explica que, atualmente, o Sitema de Seleção Unificada (Sisu), não funciona para preencher a totalidade de vagas ofertadas nos cursos de graduação. Ele acredita que o novo processo seja mais próximo do modelo do antigo Peies e Prova Seriada, que trabalham com a formação continuada, do que com a extinta prova do vestibular. Para ele, a formação continuada do aluno que vem participando durante todo o Ensino Médio é um "processo transformador". 

- Desde 2014 a gente usa o Enem e o Sisu. O Sisu acaba virando quase um leilão de vagas, porque o aluno vai saindo de um curso para outro conforme a pontuação, e isso causa uma falta de identidade do aluno com o seu curso, que não é bom. A primeira chamada do Sisu não preenche 50% das vagas na universidade, inclusive no curso de Medicina. E isso não é só na UFSM, é no país todo, é difícil de entender. 

O reitor lembra que a chamada oral, processo da própria universidade, é o que acaba preenchendo o restante das vagas. E a chamada oral, por exigir a presencialidade do aluno, acaba sendo mais regional, porque não é viável para estudantes de mais longe participar. Então, uma das possibilidades a partir de 2023 é ter uma fatia das vagas para o Sisu e outra para esse novo método de seleção. Depois de encerrados os dois processos, a chamada oral preencheria o que sobrar das vagas. Mas as propostas serão amplamente debatidas, ressalta o professor. A ideia é tomar uma decisão até a metade deste ano para em 2023 já ter um novo sistema em vigor. 

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