inclusão

Aluno de Arquivologia é o primeiro com deficiência intelectual a defender TCC na UFSM

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Foto: Arquivo Pessoal

A televisão faz parte do dia a dia da maioria das famílias brasileiras. Mas, para o estudante Marthon Militz, 31 anos, ela tem uma importância diferente. Aluno do curso de Arquivologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele sempre foi apaixonado por programas televisivos. Tanto que o tema foi a inspiração para o seu trabalho de conclusão de curso (TCC).

A defesa da monografia ocorreu no último dia 4, tornando Militz o primeiro aluno com deficiência intelectual a apresentar um projeto de final de graduação. Para o professor e orientador do aluno, Danilo Ribas Barbiero, o contato com o estudante começou em 2018, durante a disciplina de metodologia da pesquisa. A partir daí, começou o trabalho em torno do assunto, que recebeu o título "A memória da televisão brasileira e seus arquivos audiovisuais".

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O material faz um resgate histórico dos principais momentos da história da televisão brasileira através de tele-novelas, retoma os principais incêndios nas TVs brasileiras e, além disso, apresenta a situação atual dessas emissoras com relação aos seus acervos arquivísticos e audiovisuais.

Barbiero destaca que a conquista do aluno é resultado, além do esforço próprio e do apoio da família, de um trabalho envolvendo profissionais de diferentes áreas, devido às necessidades, dificuldades e limitações de Militz.

- Foi um grande aprendizado para mim, como professor, pessoa e como orientador. Mais do que isso, foi uma grande honra poder contribuir para que ele tivesse essa conquista tão importante. É mais do que inclusão. É a oportunidade de modificar a situação e a estratégia de ensino - avalia o orientador.

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Foto: Arquivo Pessoal

APRESENTAÇÃO
Para apresentar o trabalho, Marthon Militz utilizou recursos específicos e contou com uma banca multidisciplinar, formada por integrantes do Núcleo de Acessibilidade da UFSM e por professores do curso de Arquivologia.

A comissão examinadora concedeu a nota máxima (10) para o TCC. Para o estudante, uma das principais motivações dessa pesquisa, foi recordar memórias que estavam perdidas. Além da escrita, segundo Militz, o trabalho contou com diferentes recursos digitais, tridimensionais e sonoros. Os métodos utilizados facilitaram a apresentação e finalização do TCC.

Militz fez mais do que apresentar resultados de suas pesquisas. Para a defesa, sempre focado, ele levou uma maquete, documentos audiovisuais e mapas mentais, bem como recursos educacionais que auxiliaram no desenvolvimento do trabalho.

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