'A universidade só é forte quando está próxima da sociedade', diz Luciano Schuch, novo reitor da UFSM

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Foto: Eduardo Ramos (Especial)/

Nomeado na última sexta-feira, Luciano Schuch comandará a reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) pelos próximos quatro anos, ao lado da vice-reitora Martha Adaime. No último mandato, que encerrou no dia 23, ele era vice-reitor da chapa composta por Paulo Afonso Burmann, e deve dar continuidade ao trabalho voltado à inclusão, ao empreendedorismo e à inovação.

Doutor em engenharia elétrica, Schuch assume o cargo em meio à discussão do retorno presencial das atividades acadêmicas, adiadas desde março de 2020 em decorrência da pandemia da Covid-19. Em entrevista à Rádio CDN, Schuch confirmou a possibilidade do próximo semestre, que deve começar em abril, ocorrer de forma presencial:

- Existe essa variante do coronavírus que está assustando alguns países e que precisa ser avaliada, mas ao que tudo indica nós teremos a presencialidade total da universidade no próximo semestre. Esse é o nosso encaminhamento, que está sendo avaliado constantemente, mas estamos trabalhando para ter a presencialidade dos acadêmicos, porque o [setor] administrativo já está todo presencial na instituição.

Quanto ao segundo semestre de 2021, que está em andamento com final previsto para março, seguirá remoto por meio do Regime de Exercícios Domiciliares Especiais (Rede) adotado pela instituição desde o ano passado.

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ORÇAMENTO

Outro desafio que Schuch precisará enfrentar no seu primeiro ano de gestão será a administração do apertado orçamento enviado pelo Governo Federal para 2022, de R$ 120 milhões. Deste valor, R$ 115 milhões serão destinados para contas de água, luz e outros custos de estrutura e R$ 5 milhões para obras e compra de equipamentos. Schuch relembra que o valor é o mesmo enviado no ano de 2019, e que fará o possível para adequar a estrutura ao orçamento, assim como tentar recompô-lo junto à União, para, ao menos, alcançar o valor enviado do ano de 2020 somando a inflação.

- Nós vamos seguir trabalhando fortes e firmes nessa universidade com o orçamento disponível. Não vamos parar a universidade. Talvez alguns serviços vão ter que ser reduzidos para manter outros, mas a gente vai seguir trabalhando com muita qualidade, independente desse orçamento não ser o ideal. Mas toda a comunidade tem que saber que para fazer pesquisa, extensão e ensino com qualidade a gente precisa de recurso e esses recursos hoje vêm do Governo Federal. - comenta o reitor

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PROXIMIDADE DA COMUNIDADE

Entre as principais bandeiras da nova reitoria, está a desburocratização da universidade, tornando-a mais fácil e ágil. Para isto, uma das estratégias é a digitalização dos processos e documentos da instituição, que até 31 de dezembro, estarão totalmente disponíveis no meio online, o que diminui a utilização de papel, uma questão ecológica e que também traz economia, além de acelerar o processo de tramitação dos documentos. O reitor também garante que o ensino, a pesquisa e a extensão estarão voltados para os anseios da comunidade:

- A universidade só é forte quando ela está próxima a sociedade, desde os mais vulneráveis até o setor empresarial. A gente estará muito próximos das entidades e das associações, conversando e entendendo as demandas do nosso Estado e colocando a nossa força de trabalho e a nossa pesquisa à disposição. Queremos escutar e estar cada vez mais junto.  

*Colaborou Eduarda Nenê da Costa