Novas regras

Sindicato promove palestra para discutir reforma trabalhista

Diogo Brondani

Com a previsão de as alterações da legislação trabalhista passarem a valer a partir de novembro, algumas instituições já estão pensando em como alterar a relação com os colaboradores afim de melhorar a produtividade corporativa e a qualidade de vida dos colaboradores. Uma delas é o Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul (Seprorgs), que promoveu uma palestra em Santa Maria, na noite de segunda-feira, com o tema "Convenção Coletiva de Trabalho – Limites e Desafios da Negociação".

O palestrante Rafael Krug, que é diretor de Relações de Trabalho do sindicato, diz que é preciso modernizar.

– A modernização da convenção coletiva traz benefícios ao trabalhador e ao empregador, melhorando as relações de trabalho. De que forma? Com a legalização do trabalho home office, do formato de trabalho 12 x 36 (12 horas trabalhadas por 36 de folga), com a flexibilização do ponto, por exemplo, pois isso permite, na área de TI, que se estabeleça um melhor relacionamento com empresas estrangeiras, ou que o cliente da empresa de TI possa ter um suporte em horário diferenciado que não atrapalhe o funcionamento da sua empresa – explica Krug, salientando que os empregadores terão a segurança jurídica de que as alterações do formato de trabalho, além de favorecer o seu colaborador.

 Santa Maria - RS - BRASIL - 13/09/2017Evento SEPROGRGS na CACISM
Foto: Lucas Amorelli / New CO DSM

Além disso, o palestrante considera que a modernização traz confiança na relação entre empregador e empregado.

– Uma negociação direta reforça e melhora a relação entre as partes, permitindo, por exemplo, transformar as empresas no modelo americano, em que não há impeditivos para o seu crescimento, onde os colaboradores podem fazer horários que querem, praticam esportes no meio do trabalho, ou até trabalham de casa para ficar mais próximo da família. Claro, desde que tenham capacidade de gerir atividades para que possam ter produtividade – argumenta Krug.

NO ESTADO

O encontro sobre o tema já passou por Caxias do Sul e Pelotas antes de chegar ao Coração do Rio Grande. Para o presidente do Seprorgs, Diogo Rossato, a reforma na legislação trabalhista beneficia parte laboral e empregadora.

– A relação patronal e laboral, a partir da reforma, aumenta a responsabilidade nas negociações. As alterações vieram para ajudar muito os dois lados. Em muitos casos, as pautas e demandas são comuns entre empresas e funcionários, mas que não podem ser alteradas por questões legais. No entanto, penso que, se houver acordo entre partes, não vejo problema. O importante é que fique bom para todos, afinal, o empresário não quer criar ambiente ruim para pessoa que ele tem que ter confiança, no caso o seu colaborador – reforça Rossato.

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