A dificuldade em mapear os milhares de quilômetros de ruas de Santa Maria fez com que a prefeitura pedisse auxílio para ajudar a minimizar um problema que aflige quem dirige pela cidade: os buracos. Apesar de já fazer este trabalho, a prefeitura tem como aliada agora dezenas de motoristas de ônibus da Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros de Santa Maria (ATU).
É uma maneira de otimizar o serviço. Os motoristas (de ônibus) conhecem bem as ruas de toda a cidade, seja Centro ou bairros. Eles certamente vão ajudar com isso disse o presidente da ATU, Luiz Fernando Maffini.
Segundo o secretário de Infraestrutura, Tubias Calil, o trabalho para resolver o problema é prioridade da pasta. Além das equipes tradicionais, a prefeitura conta agora com a máquina caça-buracos para agilizar o conserto das ruas. Apesar disso, Tubias diz que o serviço é permanente e que sempre haverá problemas.
Ainda tem (buracos)? Tem. Mas nós estamos trabalhando para diminuir os problemas. A cada chuva, aparece mais buracos. Isso ocorre pois o asfaltamento da cidade é antigo. Mas dá para fazer tudo? Infelizmente, a prefeitura não tem dinheiro para arrancar e fazer todo o asfaltamento da cidade de novo. O custo é alto. Então, temos de fazer aos poucos e ir tapando os buracos onde eles aparecem justifica Tubias.
Além disso, o secretário salienta que é difícil saber com precisão onde estão todos os buracos da cidade.
- A cada chuva surgem novos problemas. Fica difícil saber com precisão onde a situação é pior. Por isso contamos com a ajuda da comunidade e dos motoristas - explica.
Alto custo limita recapeamento
Para ilustrar a situação, o secretário destaca recente obra na Rua Ernesto Becker, entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua Floriano Peixoto. Para recapear o trecho a prefeitura gastou cerca de R$ 600 mil. Pelos cálculos da prefeitura, para refazer todas as ruas do Centro o valor ultrapassaria os R$ 25 milhões.
Dinheiro que a prefeitura não tem - diz Tubias.
O presidente do Sinditáxi, que reúne os proprietários dos prefixos de táxi da cidade, Marco Fogliarini, explica que a prefeitura ainda não entrou em contato com a categoria, mas adianta que os principais problemas em relação ao estado das ruas encontram-se nos bairros.
Nos últimos tempos, as ruas centrais estão melhores. O ruim é mais na periferia.