Infraestrutura

Passageiros são os principais beneficiados com a municipalização do aeroporto

Juliana Gelatti

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A expectativa é que a partir desta quinta-feira comece uma nova fase para a aviação comercial em Santa Maria. O sobe e desce faz parte da história da operação de empresas aéreas na cidade há décadas, mas o município já pode contar algumas vitórias consecutivas. Com o ato que oficializa a municipalização do terminal de passageiros do aeroporto civil, marcado para as 11h desta quinta-feira, a prefeitura passará a gerenciar o espaço e poderá fazer investimentos em melhorias para os viajantes.

Na prática, o município já vinha, há alguns meses, gerindo parcialmente o terminal e, há dois anos, até fez reformas para que a Azul Linhas Aéreas pudesse operar na cidade. Mas só com o documento que será assinado hoje é que poderá fazer parcerias com empresas e candidatar-se a linhas de financiamento público a fim de deixar o terminal mais confortável e seguro. Além disso, a prefeitura e as forças locais terão mais autonomia para negociar com empresas aéreas.

Para os passageiros, as melhorias podem vir de várias formas: estacionamento mais organizado e mais serviços no terminal, como lancheria e locação de carros

– Temos de parabenizar a prefeitura e a Cacism, que estão batalhando há bastante tempo. Primeiro, por termos uma linha aérea boa, com a Azul. Segundo, ao comprovar para o mercado que temos demanda. E terceiro, com a municipalização, que nos dá mais segurança para tentar atrair investimentos – avalia o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm), Vilson Serro.

A demanda pelos voos, que sempre consistiu em um entrave à operação de diferentes empresas, hoje é um trunfo. Com 85% de ocupação média desde que começou a atuar na cidade, ligando-a à Capital, a Azul é um exemplo de sucesso, alcançado com as passagens mais baratas.

Os próximos passos

Outro sonho antigo, de ter um voo direto para São Paulo, é a próxima meta. Para isso, talvez seja necessário estreitar ainda mais o relacionamento com a Base Aérea, a fim de conseguir melhorias nas pistas de pouso e decolagem e área de embarque e desembarque. Isso porque a estrutura tem um limite de peso para voos comerciais regulares, e não comportaria os jatos usados para viajar distâncias maiores nem receber aviões de carga.

Novo aeroporto fora da pauta

Assim como a luta por desenvolver e firmar linhas aéreas que liguem Santa Maria ao centro do país é antiga, também não é de hoje a ideia de que a cidade poderá ter um aeroporto novo, totalmente privado e desvinculado da Base Aérea de Santa Maria (Basm). Nos últimos anos, essa possibilidade vinha sendo confrontada com a que se concretiza hoje, a municipalização do terminal de passageiros.

Para o prefeito Cezar Schirmer, o novo aeroporto não está descartado, mas faz parte dos planos de longo prazo. Já para entidades ligadas ao desenvolvimento da cidade, a demanda por uma estrutura nova pode levar décadas até justificar o do investimento, que é alto.Para Vilson Serro, diretor-presidente da Adesm, a construção de um novo aeroporto já teve mais prioridade na agenda para o desenvolvimento de Santa Maria.

Segundo ele, os investimentos realizados a partir da municipalização do terminal existente serão suficientes por mais de uma década para a cidade. O custo alto de uma nova estrutura só valerá a pena quando se comprovar demanda de passageiros maior do que a que se tem hoje. Até lá, a perspectiva é manter um "

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