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Médicos peritos do INSS voltam ao trabalho na próxima segunda-feira

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Após 142 dias de greve, os médicos peritos do INSS devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira. Porém, o retorno não será completo, pois a categoria assegura que manterá o estado de greve, retomando apenas atendimentos considerados essenciais, aquelas perícias iniciais, para contemplar as pessoas que ainda não estão recebendo benefícios previdenciários como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

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Assim, atendimentos para renovação de benefícios ou para retornar ao trabalho após a licença não devem ser feitos pelos médicos. Novas paralisações não são descartadas.

A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) divulgou a decisão, tomada em assembleia do último sábado, em nota oficial da última segunda-feira. Segundo a categoria, são mais de 2 milhões de segurados que deixaram de ser atendidos desde 4 de setembro, quando a paralisação começou.

Já a Previdência Social informa que o número é menor, em torno de 1,3 milhão de perícias teriam ficado atrasadas. Além disso, o INSS diz que está descontando os dias parados dos grevistas.

Sem acordo

As reivindicações são de aumento salarial de 27,5%, redução da carga horária de 40 horas para 30 semanais sem perda salarial, recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização da perícia médica. Segundo a ANMP, as negociações com o governo estão paralisadas.

Na última semana, o Ministério do Planejamento afirmou, por meio de nota, que o governo apresentou, em ofício enviado à ANMP no dia 8 de dezembro, proposta que contempla a maioria dos pontos exigidos na mesa de negociação, exceto a redução da jornada de trabalho sem desconto no salário.

Por conta das condições de trabalho, a nota oficial da ANMP explica, ainda, que em cinco anos quase 3 mil peritos abandonaram a carreira, em uma taxa de dois peritos pedindo demissão a cada dia útil.

Além disso, o governo federal gastaria R$ 125 bilhões em benefícios, metade deles sem perícia médica. Ou seja, cerca de R$ 63 bilhões seriam dados pelo INSS para pessoas sem a comprovação da necessidade de benefícios como auxílio-doença.

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