O Custo de Vida em Santa Maria subiu 1,28% em fevereiro, o maior índice desde 2006, quando a inflação local começou a ser medida por meio do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), pesquisa feita pelo Centro Universitário Franciscano (Unifra).
Em poucas ocasiões o índice ultrapassou um ponto percentual ressalta o economista que coordena a pesquisa e é professor da instituição Mateus Frozza.
Os "culpados" da inflação santa-mariense são itens de necessidade básica, como transporte, alimentação e educação. O aumento do preço dos combustíveis, além do reajuste da passagem de ônibus na cidade (de 11,5%), contribuiu para que o transporte despontasse no topo da lista, atingindo a casa 3,17% de alta. Em relação aos alimentos, o vilão foi o arroz, com acréscimo de 18%. Se observarmos alguns alimentos específicos, desde dezembro, o susto é ainda maior (veja lista abaixo). 
O comportamento desordenado dos preços foi agravado pela greve dos caminhoneiros, que causou desabastecimentos pontuais, e fatores sazonais, nos alimentos cotados em dólar.
Ontem, também foi divulgado o ICVSM de janeiro, que ficou em 1,07%, indicando que o acumulado dos dois primeiros meses do ano registra alta de 2,05%. O acumulado dos últimos 12 meses atingiu 8,26%, número maior do que a inflação nacional medida pelo IPCA, que foi de 7,7%, a mais alta desde 2005.
Projeção ruim
A expectativa para março é de inflação igual ou superior à de fevereiro, aponta o economista, quando será contabilizado o impacto do aumento da conta de energia elétrica.
Carnes e hortifrutigranjeiros devem seguir em alta. O buffet por quilo também deve subir logo, já que os alimentos estão pressionando os preços afirma Frozza.
Segundo Frozza, o momento exige atenção na hora das compras. O consumidor vai ter de pesquisar preços e fazer substituições. O economista cita como alternativa alimentos que tiveram baixa, como o leite tipo C (-15,2%) e o bife empanado (-13,6%).
Confira, abaixo, dicas para administrar melhor o orçamento doméstico: 