Para tentar frear a intenção do prefeito Cezar Schirmer de não renovar o contrato com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), funcionários da estatal estiveram ontem na Câmara de Vereadores. Eles usaram a tribuna livre para sensibilizar os legisladores.
Prefeitura de Santa Maria rompe com a Corsan
Em agosto de 2015, o município notificou a companhia de que não renovará o contrato de abastecimento de água e tratamento de esgoto, que vence em 12 de setembro de 2016. Visando a renovação, a companhia propôs à prefeitura a adoção de um Fundo de Gestão Compartilhada e uma Unidade Especial para Santa Maria.
Queremos que o prefeito reveja a proposta da Corsan e renove o contrato diz o coordenador da regionais do Sindiágua, Sidnei Lima da Silva.
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A Corsan tem 150 funcionários na cidade, que são celetistas (regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, CLT).
Se terminar o contrato, não quero nem pensar no que pode acontecer comenta Silva.
O temor dos funcionários é de que eles possam ser transferidos para outras cidades ou, até mesmo, dispensados.
Na Câmara, a Comissão Especial instalada para tratar da renovação entregou relatório final das atividades ao presidente da legislativo, Luiz Carlos Fort. O relator, vereador João Chaves, informou que a Comissão percorreu cidades para analisar o sistema de abastecimento pela Corsan, pelo poder público e por entidades privadas. A Comissão emitiu parecer favorável à renovação do município com a companhia.
O primeiro contrato do município com a Corsan é da década de 1970. Ao longo dos anos, a relação de ambos tornou-se conturbada. O descontentamento da prefeitura com os serviços prestados intensificou-se a partir de 2010, em razão da falta de água na região oeste e da demora para o começo da conclusão da obra de esgoto em Camobi.
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Um dos principais caminhos apontados pelo prefeito seria a municipalização do abastecimento. Outras alternativas seriam a terceirização do serviço e a renovação com a Corsan.