Mais investimento

Entrega do Hospital Regional é adiada pela sétima vez

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Nem uma nem duas vezes os santa-marienses já leram a notícia que o hospital regional está prestes a abrir as portas. Desde o seu anúncio, em 2003, até o começo das obras, em 2010, o empreendimento contabiliza um triste histórico: o de anúncio de datas para a entrega que não se concretizam. Na última sexta-feira, um novo prazo foi dado pelo governo do Estado: final de março. Essa é a sétima promessa para entrega do empreendimento.

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O porta-voz, desta vez, foi o secretário de Obras, Gerson Burmann, que percorreu boa parte da estrutura por pouco mais de 30 minutos. Com 99% da obra concluída, os engenheiros e técnicos da Portonovo, empresa responsável pelos serviços, trabalham em revisões e testes de sistemas de gás, de alarme, de luz e de ar, de gases medicinais, entre outros.

Nova data para entrega da obra do hospital regional em Santa Maria é março

Mas a visita do secretário do governo José Ivo Sartori (PMDB) não ocorreu apenas com o propósito de vistoriar o prédio de 21,6 mil metros quadrados. Burmann veio anunciar que a Secretaria de Fazenda sinalizou que serão quitadas pendências do Executivo gaúcho com a empresa. Até o momento, há três faturas que, juntas, somam R$ 770 mil e que precisarão ser corrigidas, conforme prevê contrato. O valor é referente a serviços executados no decorrer de 2015 que aguardam pagamento do Piratini.

Ainda há mais faturas a serem pagas pelo Estado e há outras pendências a serem superadas. Após a entrega da obra, será preciso confirmar se a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) ficará como a gestora do hospital. Se o Estado manter o que determinou o governo anterior, será preciso doar o complexo à UFSM, para, somente depois, definir como serão contratados os profissionais para colocar o regional em funcionamento.
    
Mais dinheiro

Uma outra situação terá de ser observada antes da abertura e funcionamento pleno do hospital à população. Será necessário investir R$ 60 milhões para a compra de mobiliário e de equipamentos hospitalares como, por exemplo, mesas cirúrgicas.

Quando questionado pela reportagem se o Estado, que vive uma crise financeira, terá condições de aportar esse recurso ao hospital, Burmann limitou-se a dizer que esta questão deve ser resolvida pela Secretaria de Saúde. Contudo, o secretário mostrou-se preocupado com a demora na abertura do empreendimento e, principalmente, com o risco de deterioração de parte da estrutura já existente:

– Queremos aberto o quanto antes para o bem da sociedade.

O histórico da obra

2003
– É feito o anúncio da obra

2007
– Após mudar três vezes de endereço, é escolhido o quarto e definitivo local, que fica no bairro Pinheiro Machado

2008
– Ministério da Saúde empenha a liberação de quase R$ 20 milhões para a construção

2010
– É assinado o contrato com a empreiteira. A obra começa em março, mas para várias vezes

2013
– Em março é dado o quarto prazo para a abertura do hospital, o que não se confirma

2014
– Estado assina termo de cooperação para que a Ebserh administre o hospital
– No mesmo ano, é dado o quinto prazo para que o empreendimento seja entregue

2015
– Fica prevista para dezembro, a abertura do hospital. É o sexto prazo dado e que não se confirma
– Ap"

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