Entidades que integram o sistema Fecomércio (Sindilojas, Senac e Secovi) lançaram ontem em Santa Maria a cartilha “Comércio informal: Que bicho é esse?” que visa conscientizar, principalmente as crianças, quanto à venda de artigos e produtos piratas. A iniciativa tem ainda o apoio do Procon/RS e do governo do Estado e, durante café da manhã realizado na sede do Sesc local, teve objetivo de agregar entidades locais como Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Câmara de Vereadores, Cacism, Sindigêneros, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e prefeitura.
O vice-presidente da Fecomércio, André Roncato, destacou dados sobre comércio informal e a finalidade da iniciativa.
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– O mercado informal movimentou mais de R$ 50 bilhões no Estado em 2016. Só em Santa Maria, foi cerca de R$ 1 bilhão. Isso com a venda de produtos sem qualidade e ainda podem trazer danos à saúde, além de financiar o tráfico de drogas e venda de armas. Essa cartilha visa atingir as crianças para que elas sejam os agentes de disseminação e atuem na conscientização das famílias. Muitos ficam sensibilizados com o coitadismo dos ambulantes estrangeiros, por exemplo, mas não entendem que eles, mesmo que tenham oportunidades de trabalho fixo aqui, não querem criar raízes, mas apenas lucrar para voltar ao seu país – destacou Roncato, salientando que atualmente mais de 4 mil estrangeiros vivem da informalidade no Rio Grande do Sul.
Ainda segundo Roncato, estão sendo montados grupos de trabalho em todo o Estado para atuação no combate à venda de produtos sem procedência, feiras itinerantes, entre outros.

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O secretário de município de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação Tecnológica, Ewerton Falk, falou das dificuldades de oportunizar trabalho aos informais e reforçou que o setor de fiscalização da prefeitura está atuante.
– A educação é importante, mas aquelas pessoas que estão “trabalhando” na informalidade estão sem a proteção do sistema trabalhista do Estado, que é uma das poucas coisas que funcionam. Muito disso tem a ver com a dificuldade de empregar jovens que acabam buscando opção na informalidade. Não estamos apáticos ou omissos quanto a isso. Vamos intensificar a fiscalização – garantiu o secretário.
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O Procon/RS é apoiador da iniciativa. Para a diretora executiva do órgão, Maria Elizabeth Pereira, saber a procedência do que está comprando é um direito de quem está comprando.
– O consumidor deve ser alertado dos seus direitos, desde a infância. Por isso, o Procon é parceiro da Fecomércio no lançamento desta cartilha. É preciso orientar a todos quanto à procedência e validação por órgãos de inspeção devidamente autorizados. Estamos satisfeitos em colocar o Procon como incentivador da cooperação para uma concorrência leal no comércio e proteger aqueles que são mais vulneráveis – destacou a diretora.
As cartilhas serão distribuídas nas escolas.