Saúde

Devido à falta de repasses do governo, servidores da Casa de Saúde de Santa Maria paralisam atividades

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Servidores de hospitais administrados pela Associação Franciscana de Assistência a Saúde (Sefas) realizam uma paralisação nesta quarta-feira, contra as medidas do governo estadual. Há atraso nos repasses de recursos ainda de 2013.

Santas Casas restringem atendimento pelo SUS nesta quarta

O movimento "Dia D" é organizado pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul. A mobilização, que deve se estender até as 17h desta quarta, provocou a remarcação de pelo menos 70 procedimentos eletivos que já estavam agendados. Apenas atendimentos de urgência e emergência serão realizados.

A administradora do Hospital Casa de Saúde, irmã Ubaldina Souza e Silva, considera a verba do Estado vital e afirma que não é possível fazer investimentos com a falta do recurso. A compra de medicamentos, equipamentos e itens para alimentação acaba prejudicados. Além disso, exames e serviços de manutenção podem ser inviabilizados. Ubaldina também afirma que médicos têm cobrado o pagamento atrasado. Ela não descarta que os profissionais restrinjam o trabalho, caso não ocorra a normalização.

— Nossa manifestação é pacífica. É para chamar a atenção da comunidade para as dificuldades enfrentadas pelo setor de saúde. Todos os procedimentos agendados foram remarcados, para não prejudicar o atendimento aos pacientes — explica a irmã.

Os servidores da Casa de Saúde vestem camisetas pretas e devem permanecer até o final desta tarde em uma tenda localizada em frente à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Eles orientam a população sobre a situação das dívidas, que chegam a R$ 3 milhões — entre atrasos que vêm desde 2013 até valores previstos para este ano. A Casa de Saúde possui cerca de 180 funcionários. Pelo menos, 30 estão envolvidos na paralisação.

Para a próxima quarta-feira, está prevista uma nova paralisação. Desta vez, apenas os servidores de hospitais de Porto Alegre irão participar das manifestações.

Além do Casa de Saúde, quatro hospitais remarcaram os atendimentos eletivos na Região Central do Estado. O Hospital de Caridade São Roque, de Faxinal do Soturno, adiou 450 atendimentos e tem R$ 1,4 milhão de verbas atrasadas, além do valor não enviado neste ano, equivalente a R$ 75 mil mensais. O Hospital Bernardina Salles, de Júlio de Castilhos, remarcou 300 atendimentos e soma R$ 2 milhões em recursos não repassados.

No Hospital Santo Antônio, de São Francisco de Assis, os atendimentos eletivos estão suspensos desde o dia 1º de abril. A expectativa é de que sejam afetados, mensalmente, entre 600 e 700 consultas, exames e procedimentos. Não há previsão para retomada dos serviços. O Hospital Santo Antônio, de São Sepé, tem, pelo menos, R$ 200 mil em verbas atrasadas.

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