Custo de vida

Confira os produtos que mais subiram e baixaram em um ano

Diogo Brondani

Quem costuma ir às compras com frequência sabe, na ponta do lápis, quais são os produtos que mais sofrem variação de preço de um mês para o outro. Dentre os itens de uso diário, o xampú e o sabonete foram os que mais apresentaram aumento nos últimos 12 meses, conforme o Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), calculado pelo curso de Economia da Unifra. O xampú ficou 24,1% mais caro, e o sabonete, 17,5%.

O sabonete está entre os produtos que sofreram reajuste, de acordo com a pesquisa do custo de vida  Foto: Lucas Amorelli / New Co DSM

A alta foi notada pela dona de casa Neli dos Santos Machado (na foto), 60 anos.
–  Realmente, o xampú e o condicionador subiram bastante. Mas a gente não pode deixar de comprar. O jeito é pesquisar o lugar onde é mais barato. Chego a comprar em três mercados diferentes toda a semana – revela a dona de casa, que mora no bairro Passo das Tropas.

Quem costuma comprar artigos de maquiagem ou guardanapos e lenços de papel com frequência também sentiu o reajuste bolso. No comparativo dos últimos 12 meses, a variação do primeiro item citado foi de mais de 45%, seguido do segundo, com 43%. O aumento é confirmado por quem atua no setor. A maquiadora e estudante de Estética e Cosmética Annelise Posser Ineu, 23 anos, aponta quais são esses itens.

–  Os produtos para pele, como pó, base e corretivo, foram os que tiveram um reajuste considerável. Infelizmente, é uma diferença que temos que agregar no valor da maquiagem –  comenta ela. 

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O que menos apresentou alta foi o creme dental, com apenas 6,6% de variação. Apenas três produtos sinalizaram queda: o papel higiênico, - 30,4%; remédios para pressão, - 4,7%; e medicamentos estimulantes, -3,3%.

Xampú é outro produto que aumentou significativamente em um ano Foto: Lucas Amorelli / New Co DSM

Remédios anti-inflamatórios e antirreumáticos, assim como os indicados para diabetes, também engrossaram a conta, apontando reajustes de até 37,5%. Segundo o gerente de uma distribuidora de medicamentos da cidade, Fernando Durlo, a chamada suba programada, autorizada pelo governo sempre no mês de abril, deve ter influenciado nos números.

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Todos esses itens puxaram a suba do grupo Saúde e Cuidados Pessoais do ICVSM do mês de maio, que apontou uma variação de mais de 12% sobre o mês anterior. Apesar disso, no geral, a variação do índice ante abril foi de - 0,28%.
 
Imposto é o vilão
 
De acordo com o professor do curso de Economia da UFSM, Adriano José Pereira, o possível  responsável pelo reajuste são os impostos.

– Uma possível/provável explicação é que o governo aumentou as alíquotas de imposto dos cosméticos desde maio deste ano, tanto para produção, quanto para o atacado, o que reflete no varejo (consumo). Situação que deve contribuir para a queda das vendas e, por conseguinte, levar a uma futura estabilização dos preços dos cosméticos, ainda que em um patamar um pouco mais elevado do que antes da suba dos impostos –  analisa Pereira. 

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