Os números das vendas do mercado automobilístico em 2015 foram desanimadores: tanto para os carros novos quanto os usados mais antigos tiveram queda de procura. Em Santa Maria, houve uma diminuição de quase 20% nas vendas de automóveis zero km no ano passado em comparação com 2014. No mesmo período, os usados apresentaram uma queda de 1% nas vendas. Apesar do desaquecimento de todo o setor, um número foge do padrão: a venda dos seminovos (veículos de zero a três anos) subiu 26% no Rio Grande do Sul em 2015 em relação a 2014.
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Para o professor de Economia, Alexandre Reis, do Centro Universitário Franciscano (Unifra), a explicação está na elevação das taxas de juros dos parcelamentos. Até o final de 2014, os carros novos tinham subsídio das montadoras e de bancos conveniados, o que causava uma diminuição dos juros. Além disso, o governo federal retirou o IPI reduzido, o que refletiu em um aumento de preços dos zero quilômetro nas concessionárias.
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No caso dos seminovos, ainda tem o poder de barganha, que é maior quando se negocia um carro usado. O consumidor percebe que ele tem de dispender um valor maior para comprar um carro zero, então prefere um carro usado, mas mais novo do que aquele que ele deseja trocar explica Reis.Em alta
Mario dos Santos Junior, proprietário da Mario Automóveis, explica que o aumento do preço dos novos impactou na procura pelos usados. A opinião é compartilhada por
outros vendedores.
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Para o proprietário da Superauto, Carlos Costabeber, o pico de vendas de carros novos foi em dezembro de 2014, com 400 veículos. Um ano depois, houve uma redução para 237. Porém, em relação aos seminovos, a venda dobrou com o passar do ano. Em 2015, foram vendidos 120, diferente dos 60 de 2014. A diminuição do poder de compra de veículos novos se deu por quatro motivos: endividamento, antecipação de grandes compras, aumento dos juros e desemprego aponta Costabeber.
Escolha acertada
O vendedor Roberson Pereira, 34 anos, trocou de carro neste mês. Depois de pesquisar, ele preferiu adquirir um seminovo. Pereira conta que a escolha foi baseada nas condições oferecidas e no preço. Além disso, por trocar de carro a cada dois anos, a garantia oferecida pelos fabricantes se torna menos necessária para ele. Além disso, explica que o novo tinha um bom negócio para a versão 1.0, mas não para o 1.4, que atenderia melhor as suas necessidades.
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Antes de comprar um seminovo, faço test drive, vejo se não tem nenhuma batida e levo um mecânico para conferir diz Pereira.O representante comercial Rodrigo Arenhart, 24 anos, conta que sempre adquiriu veículos seminovos. Com o valor pago por um novo, consegue adquirir um modelo mais completo seminovo.
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