agronegócio

Produtores rurais concluem colheita de soja no Rio Grande do Sul

João Pedro Lamas

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A colheita da soja está praticamente concluída no Rio Grande do Sul, restando apenas 3% da área cultivada com o grão. Até o momento, a colheita está encerrada no Alto Uruguai, no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, bem como nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial.

De acordo com Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), as lavouras a serem colhidas, em especial nas Missões e Fronteira Noroeste, foram implantadas em janeiro, após colheita da soja precoce ou do milho, e apresentam potencial produtivo muito inferior ao esperado inicialmente, que é de 3.218 kg/ha. Nessas áreas de safrinha, a alta incidência de ferrugem asiática tem comprometido a produtividade, reacendendo a discussão sobre a conveniência do plantio fora de época e a necessidade da adoção do vazio sanitário.

No milho, restando ainda cerca de 10% da área a ser colhida. Como a colheita do primeiro cultivo praticamente terminou, restam as áreas de produção daqueles produtores que realizam o segundo cultivo de milho, em geral destinado à silagem.

A colheita do arroz também está em fase final, faltando apenas 2% da área implantada no Estado. Nas áreas de irrigação de arroz das regiões Centro-Sul, lagunares e Litoral Norte, as lavouras estão em final de colheita e atingem 97% da área, apresentando produtividade média de 7,5 mil quilos por hectare. A previsão de término da colheita se prolongou em função do período de chuvas, ficando para o final deste mês.

O feijão 2ª safra ou safrinha foi colhido em 48% da área no Estado, ficando 50% em fases de maturação e aprontamento, com 2% ainda em floração, apresentando bom potencial produtivo.

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CULTURAS DE INVERNO

O período de entressafra é de intenso planejamento das culturas de inverno, apresentando grande procura por crédito de custeio e aquisição de insumos. As instituições bancárias/financeiras reduziram o volume de recursos para custeio da cultura, e muitos produtores estão com dificuldades em acessá-los.

Os triticultores seguem preparando o início da semeadura, com nivelamento de solos, alocação e readequação de algumas curvas e terraços e dessecação das áreas, já que o zoneamento ainda não abriu nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões. A tendência é de implantação no início do período recomendado para liberação da área no cedo (zoneamento agroclimático), para implantar a cultura da soja em final de outubro. Mesmo sem a abertura do zoneamento, alguns produtores que não financiam suas lavouras devem iniciar a semeadura na próxima semana, ou tão logo as condições sejam favoráveis para o tráfego de máquinas nas lavouras.

A cultura da canola apresenta implantação lenta, pois a semeadura foi interrompida devido à ocorrência de chuvas, e deverá ser retomada assim que as condições climáticas permitirem. As lavouras em emergência e início do desenvolvimento vegetativo apresentam as primeiras lavouras emergidas com bom stand de plantas.

Já a cevada está em início da semeadura, em ritmo lento no Norte do Estado, embora o período do zoneamento agroclimático para a cultura comece em 11 de maio.

A aveia branca está em implantação avançada nas regiões do Alto Jacuí, Noroeste Colonial e Celeiro, apresentando tendência de redução de área a ser cultivada, principalmente em função do mercado desaquecido. As lavouras implantadas apresentam boa emergência e desenvolvimento inicial rápido.

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