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Nuvem de gafanhotos está a 90 quilômetros do Rio Grande do Sul

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Foto: Senasa (Divulgação) 

As mais recentes informações sobre o deslocamento da nuvem de gafanhotos dão conta de que os insetos estão a 90 quilômetros do município de Barra do Quaraí, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Na quarta-feira, o Ministério da Agricultura e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr) anunciaram a liberação de recursos para o enfrentamento da praga, caso ela chegue no Estado.

Nuvem de gafanhotos volta a se aproximar e pode chegar ao Brasil como em 1946

O valor de R$ 600 mil repassado pelo governo federal poderá ser utilizado na aquisição de produtos para tratamento fitossanitário e na contratação de serviços de aplicação, como aviões e combustível. Segundo o secretário de agricultura do RS, Covatti Filho, há também a busca por um acordo de cooperação com a Argentina e o Uruguai, para que aviões brasileiros possam fazer a aplicação de inseticidas em territórios além da fronteira.

O engenheiro da Emater Luiz Fernando Oliveira afirma que existem canais de comunicação para que os produtores rurais comuniquem caso notem a presença dos gafanhotos. No entanto, como se trata de uma situação emergencial, novas reuniões podem ser marcadas ao longo dos dias, para que outras medidas sejam tomadas. Com a temperatura quente atual, a condição segue favorável para o deslocamentos dos insetos. Neste momento, os gafanhotos se movimentam no sentido sul. 

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

  • E-mail: [email protected]
  • Telefone: (51) 32886294 ou (51) 32886289
  • WhatsApp: (51) 984129961

TESTEMUNHA DA NUVEM DE 1946
Orizontina Fiuza Muniz (na foto ao lado), 96 anos, viu a nuvem de gafanhotos que assolou o Rio Grande do Sul em 1946. A mesma tendência que foi observada na década de 40, quando a praga passou pelos mesmos locais na Argentina e acabou chegando, meses depois, ao Estado, causou grandes perdas para o setor agrícola. 

Ela relatou a história para uma das filhas, Elci Fiuza Muniz Villagran, moradora de Santa Maria. A idosa já morava no sítio que vive até hoje, em Arroio do Tigre. Ela lembra de ver a nuvem chegando: 

- Era muito grande. A vizinhança ficou assustada - conta dona Orizontina.

De acordo com a idosa, os vizinhos, liderados pelo pai dela, começaram a abrir valetas. Lá, eles colocam os gafanhotos e os cobriam com terra. Ela lembra que, por onde os insetos passavam, ficava apenas a terra, já que eles se alimentavam de tudo que era plantado. Na lembrança longínqua, apenas essa invasão da praga ficou, e já foi suficiente:

- Estou muito assustada. Tomara que não venham para cá. Porque quando vieram, deixavam só a terra pura - relembra.

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