ciência descomplicada

Equipe da UFSM ajuda produtores de soja a melhorar rentabilidade das lavouras

João pedro lamas


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A Equipe SimulArroz, do Centro de Ciências Rurais (CCR) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), lançou recentemente um livro que tem como principal objetivo ajudar produtores de soja no melhor gerenciamento de recursos para aumentar a rentabilidade das suas lavouras.

Mas "Ecofisiologia da soja visando altas produtividades" não é um livro qualquer: ele foi escrito de forma a ser acessível a qualquer produtor rural, independentemente do nível de instrução, o que, no entendimento da equipe, geralmente não é feito no âmbito da ciência.

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Lançado no Congresso Brasileiro de Soja deste ano, em Goiânia, pela DR Editora, ele traz oito anos de pesquisa de campo da equipe com a cultura da soja em uma linguagem simples que quaisquer produtores, extensionistas rurais e consultores conseguem entender.

Conforme o coordenador da equipe SimulArroz Região Central, Alencar Junior Zanon, a ideia era que o leitor interessado conseguisse aumentar seu lucro com práticas de manejo e maior eficiência no uso de recursos investidos na lavoura. Claro, sem deixar pecar no aspecto ambiental.

- Estamos entregando resultado de pesquisa, de lavoura, aos produtores - afirma Zanon.

Ele enfatiza isso, pois há vários impedimentos ao produtor quando o assunto é pesquisa científica sobre o agronegócio. Entre eles, a língua, pois muitas vezes as publicações são em inglês, visando a circulação nas acadêmicas de outros continentes, principalmente o norte-americano e o europeu. Além disso, o uso de linguagem técnica.

- Praticamente nada chega ao produtor rural. Era necessário decodificar, traduzir a informação, para que ele possa interpretar, ler, entender como melhorar a produtividade da soja a partir da prática de manejo - explica Zanon.

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Os oito anos de dedicação ao trabalho reúne experimentos em lavouras de cidades de várias regiões do Estado, como Chuí, Santa Vitória do Palmar, Cachoeirinha, Grande Porto Alegre e Uruguaiana.

Com a produção fomentada com recursos públicos, desde que foi lançado, há 90 dias, cerca de 2,3 mil livros foram distribuídos no Brasil, Uruguai e Argentina, o que dá uma média de 26 livros por dia.

- É uma pesquisa com impacto social. Esse era o nosso enfoque. Dar retorno para aqueles que nos financiam. Estamos disponibilizando aos produtores e técnicos conhecimentos que tem como referência um banco de dados que reúne informações ao longo de oito anos que estão alicerçadas em décadas de pesquisa - conclui Zanon.

Para saber como garantir uma cópia do livro, basta acessar o site.

A NECESSIDADE: PRODUTIVIDADE TOTAL CAIU

Conforme a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater/RS), se estimae que a produção total da última safra de soja no Estado teve uma redução de 8% em relação ao ano anterior (18,57 milhões de toneladas). Isso seria resultado, principalmente, de fatores climáticos adversos em algumas regiões. Em relação aos aspectos econômicos, o valor bruto da produção no Estado equivale a um montante de R$ 21,59 bilhões.

Estima-se que a produtividade média seja de 2,99 mil kg/ha (49,8 sacas/ha), 10% menor que a média da safra anterior. Entretanto, há uma variação significativa na produtividade em diferentes regiões do Estado, sendo que na região de Pelotas, por exemplo, a produtividade gira em torno de 1,7 mil kg/ha (28,9 sacas/ha), enquanto que na região de Santa Rosa, no Noroeste, chega a 3 mil Kg/ha (50,93 sacas/ha) e a região de Passo Fundo, no Norte, a 3,6 mil kg/ha (60,3 sacas/ha).

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