Caso Robinho

Áudios inéditos mostram que Robinho usou tom de deboche ao falar das denúncias de abuso sexual

Áudios inéditos mostram que Robinho usou tom de deboche ao falar das denúncias de abuso sexual

Foto: CBF (Divulgação)

Aviso: o conteúdo contém linguagem forte e relatos de abuso sexual, e pode servir como gatilho

O ex-jogador de futebol Robinho foi condenado em todas as instâncias da Justiça da Itália por estupro coletivo, no fim de 2022. A violência sexual aconteceu em 2013, e estava sendo investigado pela polícia italiana desde então. Nesta quarta-feira (18), foram divulgados conversas interceptadas, ao todo são mais de 10 horas de ligações gravadas pela polícia, que mostram como o ex-jogador tratou as denúncias, além de contar detalhes do caso. 

Os diálogos foram divulgados pelo UOL Esporte no podcast “UOL Esporte Histórias”. Ao longo dos diálogos divulgados, Robinho se contradiz. Nas primeiras conversas interceptadas, o ex-jogador faz pouco caso das acusações e afirma não ter tocado na mulher. A investigação da polícia italiana, por meio de provas forenses e baseado também em próprias falas do brasileiro, provou o contrário. 

Em uma das conversas com o amigo Ricardo Falco, gravada com escuta policial no carro do ex-atacante em 24 de abril de 2014, Robinho falou até em agredir a vítima: "A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: 'Porra, que que eu fiz contigo?."

“Eu não estou nem aí, A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem eu sou”, disse Robinho aos risos ao saber da denúncia de estupro. 

Foram ao menos seis pessoas que tiveram algum tipo de contato com a mulher que formalizou a denúncia em 2014. O grupo foi denunciado no artigo 609 do Código Penal Italiano, que descreve o crime de violência sexual de grupo.

Diálogos mostram como Robinho e Ricardo Falco, condenados em todas as instâncias da Justiça italiana, combinaram com seus amigos versões diferentes para compartilhar ao longo do depoimento.

O caso

O caso aconteceu na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, em Milão, na Itália. Na boate Sio Café, uma mulher albanesa, que comemorava seu aniversário de 23 anos, foi estuprada por Robinho e outros cinco amigos, segundo conclusão da Justiça do país. Quatro amigos do ex-jogador deixaram a Itália durante as investigações e, por isso, acabaram não sendo processados.

Em 2017, Robinho foi condenado a 9 anos de prisão por participação em estupro coletivo. O brasileiro recorreu da sentença e, em janeiro de 2022, foi condenado em última instância, não cabendo mais recursos.

A Justiça italiana pediu que Robinho cumpra a pena no Brasil, uma vez que o país não extradita cidadãos brasileiros. Em fevereiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) concordou em transferir a pena.

Cabe agora, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), analisar a sentença italiana. O STJ vai analisar se a decisão atende os requisitos para ser cumprida no Brasil.

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