
Foto: Marco Galvão/CBF (Divulgação)
A condenação foi divulgada nesta quinta (22), duas semanas após o término do julgamento, que durou três dias. O ex- jogador está detido há mais de um ano.
O ex-jogador de futebol Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual. A sentença, anunciada pelo tribunal de Barcelona na manhã desta quinta-feira (22), comprova que o jogador agrediu e abusou de uma mulher na casa noturna Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. A defesa segue acreditando na inocência do atleta e afirmou que vai recorrer da decisão, proferida pela juíza Isabel Delgado, na 21ª Seção de Audiência de Barcelona.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
A condenação foi divulgada duas semanas após o término do julgamento, que durou três dias. Segundo o comunicado divulgado pelo tribunal, foi concluído que não houve consentimento por parte da vítima para o ato sexual e que, além do testemunho da mulher de 23 anos, existem elementos para comprovar a violação. No total, 28 testemunhas foram convocadas para prestar depoimento.
— No presente caso, encontramo-nos ainda com lesões na vítima, que tornam mais do que evidente a existência de violência para forçar sua vontade, com a subsequente penetração sexual que não é negada pelo acusado — explica a juíza.
O crime de “agressão sexual está previsto no Código Penal da Espanha e está tipificado no artigo 178, que diz: "Quem atacar a liberdade sexual de outra pessoa, recorrendo à violência ou à intimidação, será punido como responsável por agressão sexual com pena de prisão de um a cinco anos". O tempo de condenação está longe dos 9 anos de prisão solicitados pelo Ministério Público e também dos 12 anos solicitados pela defesa da vítima.
A juíza também ordenou que o ex-jogador tenha a liberdade supervisionada por cinco anos após o cumprimento da pena e pague uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil) para a vítima.
A advogada de defesa de Daniel disse na saída do Tribunal de Barcelona que acredita na inocência do réu e vai recorrer da sentença. Ele continuará em Barcelona, onde está detido há 13 meses, desde 23 de janeiro de 2023.