Prestes a gravar DVD, cantora santa-mariense Raquel Tombesi revela seus planos à frente da Banda Cheiro de Amor

Prestes a gravar DVD, cantora santa-mariense Raquel Tombesi revela seus planos à frente da Banda Cheiro de Amor

Foto: Arquivo Pessoal

Sempre descontraída nos palcos por onde passou em Santa Maria, a cantora Raquel Tombesi, agora, leva seu carisma à Banda de Axé Cheiro de Amor, uma das mais tradicionais da Bahia no seu segmento. Fundada em 1985, é conhecida nacionalmente por sucessos como "É um Auê" e "Vai Sacudir, Vai Abalar".


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A voz que já cantou inúmeros sucessos sertanejos nos bares santa-marienses, tem agora os trios elétricos como palco. São estes e outros tantos novos lugares para fazer história. Raquel contou sobre as novidades nesta semana, durante entrevista no programa F5 da rádio CDN, 93.5 FM. Confira:


O convite para integrar a Cheiro de Amor veio quando? 

"Em julho do ano passado eu recebi o convite para começar a cantar este estilo musical novo. Neste mesmo mês, começamos a montar a Pimenta Nativa, que já é uma banda bem tradicional daqui do Nordeste também. E até nos anos 90 foi bem conhecida nacionalmente participando de vários programas da Rede Globo. Nós usamos a pimenta Nativa como um laboratório, porque sabíamos da saída da antiga cantora da Banda Cheiro de Amor. Então a gente já fez um laboratório com a Pimenta Nativa desde julho do ano passado. Estava nessa ansiedade toda para saber se ia dar certo ou não, porque as duas bandas são da mesma produtora. Além dela, tem a Papazoni." 


Como foi cantar durante o Carnaval pela Pimenta Nativa? 

"Começamos a rodar mesmo em julho. Em novembro parei de fazer barzinho aqui em Salvador, e assumi somente os shows da Pimenta Nativa. Nós fizemos o réveillon,  fizemos o Carnaval. Foi uma delícia, foi lindo." 


Como foi o convite para integrar a banda? 

"Eu vim para Salvador em janeiro de 2023. Comecei a fazer barzinhos e boates, da mesma forma que eu fazia em Santa Maria e região. Acredito que eles tenham visto algum material meu em rede social, porque eles começaram a frequentar os barzinhos para ver como me apresentava e me comunicava com o público. A expectativa deles era se minhas características iriam fechar com o jeito deles de trabalhar. E numa noite dessas, eles me chamaram para conversar e pediram uma reunião no escritório. Eu achei que era brincadeira, né? Nestes locais, as pessoas estão, muitas vezes, alteradas pelo álcool. Todo mundo convida para fazer mil coisas, mas no final quase nada se concretiza. Então eu achei que era uma brincadeira, como uma conversa de bar. Mas no fim, deu tudo certo graças a Deus." 


Raquel Tombesi em Salvador, convidada especial no evento Luz Vermelha, Espeto Baiano Prime, em 2020. Foto: Divulgação/Mariana Antunes


Já caiu a ficha que você está à frente de uma banda há anos reconhecida?

"Acho que ainda não. Canais de entretenimento e nas redes sociais, tem procurado saber muitos detalhes, fofocas. Realmente não estou acostumada. Mas agora em 2024 vamos fazer nove anos que estamos nessa batalha, trabalhando somente com música. Fico muito feliz de ter esse reconhecimento, porque sei que trabalhei para caramba. Na época da pandemia a gente sofreu tanto, mas ainda assim a gente continua levantando a bandeira. E sempre temos muitas pessoas envolvidas, que torcem pela gente. Nada mais justo do que o reconhecimento por tanta dedicação. Sempre gostei muito do meu trabalho. Estou muito feliz, mas eu acho que a ficha vai cair mesmo, quando eu fizer o primeiro show no palco. Gosto de fazer esse material em estúdio, é muito legal fazer a criação das músicas, mas meus maiores sentimentos vem quando estou no palco. Agora no Carnaval, tive a experiência de fazer trio elétrico, que eu nunca tinha feito na vida e foi muito emocionante. Até chorei. Sou muito difícil de me emocionar, mas a energia foi muito forte. Acho que a ficha vai cair mesmo no primeiro show da banda."


Já tem primeiro show marcado? Você vai regravar as músicas famosas da Cheiro de Amor na tua voz? 

"Nós temos alguns shows marcados para abril e algumas datas posteriores. Primeiro,  estamos focados em regravar as músicas. E antes de mais nada, eu vou ter alguns audiovisuais super importantes para gravar. Até então, fizemos quatro regravações do Cheiro de Amor. Em breve iremos subir nas plataformas digitais. Também temos um DVD para gravar em Porto Seguro daqui a 10 dias.  Está tudo bem corrido. Nossa preocupação maior tem sido os ensaios e a preparação para gravação desse DVD." 


Foto: Divulgação


Santa Maria vai ter show da Cheiro de Amor?

"Estamos tentando fazer essa negociação, mas agora não depende mais somente de mim. Temos que entrar em consenso com algumas pessoas. Vamos conversar com os nossos excelentíssimos, com a base da administração para levar a cantoria."

Quem é Raquel Tombesi que as pessoas não conhecem?

"Nasci em Santa Maria no ano de 1991. Tenho 32 anos e estudei em escolas como Olavo Bilac, Érico Veríssimo. Fiz o Ensino Médio no Maria Rocha. Lá em casa todo mundo é de Santa Maria.  Meu pai, Ronaldo, já é falecido. Minha mãe, Rose, trabalha na Escola Casa da Criança. Tem um sobrinho maravilhoso que mora junto com ela, o Micael. Minha vida sempre foi muito simples. Trabalhei em comércio desde os 16 anos. Aos 24 anos, uma amiga minha postou na internet um vídeo meu cantando. As pessoas começaram a me incentivar bastante. Comecei a subir no palco para meus amigos da música. Eles começaram a me chamar para fazer participações. E quando eu subi no palco, apaixonei por aquela energia.  Sou uma pessoa muito fechada no dia a dia, mas no palco eu acabo me soltando. Tenho uma filha de 3 aninhos. Se chama Maria Sol. Moramos só eu e ela em Salvador."


Como foi sua identificação com a região nordeste do Brasil? 

"Fui para Goiânia duas vezes. Como eu cantava sertanejo, achava que em Goiânia iria encontrar uma resposta. Não encontrei. Não sentia aquele calor no coração, e conversando com os produtores lá de Goiânia mesmo, eles me perguntaram qual era a minha maior referência na música. Como eu respondi que era Ivete Sangalo, eles sugeriram que primeiro viesse para a Bahia, para depois tomar uma decisão de me mudar. Vim conhecer Salvador em 2019. Realmente me apaixonei pela primeira vez. Pensei.. não pode ser tão legal assim. Fui de novo, e me apaixonei de novo. Percebi que tinha mercado de trabalho. Decidi vir para cá, veio a pandemia e eu engravidei. Mãe solo desde sempre. Precisei adiar um pouco mais essa mudança, ainda que inquieta. Aí, decidi que eu iria morar aqui em janeiro de 2023." 


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