Foto: DTG Noel Guarany
Santa Maria será palco de um encontro cultural no próximo sábado (04). A partir das 20h, o Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) recebe o espetáculo “Peabiru: o corredor cultural”, promovido pelo DTG Noel Guarany e pela Associação Cultural Noel Guarany. A proposta é levar ao público uma narrativa que mistura dança, música, declamação e teatro para contar a formação da identidade gaúcha em diálogo com a América Latina.
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Inspirado na lendária estrada indígena que ligava o Atlântico aos Andes, o espetáculo apresenta o Peabiru como símbolo de encontros, trocas e esperanças. Mais de 90 artistas sobem ao palco, incluindo 40 dançarinos da invernada adulta do DTG Noel Guarany, 15 artistas em performances individuais, 15 casais argentinos, 2 uruguaios e 20 homens em coreografias birivas. A força da interpretação ficará também a cargo de declamadores, instrumentistas e solistas.
Entre as atrações confirmadas, estão a Comitiva Dom Almiro Pereira, de Caxias do Sul, campeã do 16º Fenart; o Ballet Folclórico Chajarí, de Entre Rios (Argentina); e as Parejas Folklórica Iberá, de Rivera (Uruguai).
A prenda do DTG Noel Guarany, Eveline Cordeiro Rocha, 21 anos, destacou a relevância da apresentação para Santa Maria:
– É muito importante trazer um espetáculo dessa magnitude, que para quem vai estar assistindo é muito mais do que apenas dança, como nós dizemos, é cultura e conhecimento. Poder levar isso a um espaço público, dentro de uma universidade federal, também é muito gratificante e especial. – afirmou.
Origem

O roteiro nasceu de um intercâmbio cultural em Tacuarembó, no Uruguai, durante a 38ª Fiesta de la Patria Gaucha. A concepção artística tem a assinatura da Família Nicoloso e se apoia em obras como “Caminhos do Sul: a saga dos tropeiros do Cone Sul”, de Nilo Bairros de Brum, e “Peabiru: o mítico caminho sagrado do Atlântico ao Pacífico”, do jornalista Carlos André Domingues.
Com uma hora e meia de duração, a montagem busca ser mais do que espetáculo: um ato de resistência e pertencimento, que convida o público a revisitar o passado, reconhecer o presente e projetar o futuro da tradição gaúcha — uma cultura que não conhece fronteiras, mas que se constrói na travessia.