Fotos: Arquivo Pessoal e à dir. Beto Albert (Arquivo Diário)
Registros dos novos acadêmicos.
A Academia Santa-Mariense de Letras empossou nesta semana dois novos acadêmicos. A partir disso, integram o publicitário e escritor Armando Ribas Neto, 52 anos, e a delegada de polícia e escritora Roberta Trevisan, 44 anos. Ambos chegam à instituição com trajetórias marcadas pela literatura infantojuvenil e pelo desejo de ampliar o alcance da leitura. Ao Diário, eles falaram sobre o momento e reviveram o percurso até aqui.
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A paixão literária de Roberta Trevisan
Delegada de polícia há 15 anos, Roberta Trevisan é autora da série Matilda, voltada ao público infantojuvenil. A coleção já conta com três livros lançados: Matilda e o Clube de Leitura, Matilda e o Mistério da Biblioteca e Matilda e o Detetive Hércules. Roberta passa a ocupar a cadeira 35 da Acadêmia, cujo patrono é Augusto Meyer, e lembra que o convite para integrar a instituição surgiu de forma inesperada.
— Encontrei a presidente Onilse Noal Pozzobon em um restaurante e fui apresentada a ela. Depois, ela me disse que estava lendo meus livros porque a neta tinha levado para casa. Disse que eu escrevia com a alma, e nunca esqueci disso. Algum tempo depois, veio o convite para a posse — relatou Trevisan.
A escritora, que também tem projetos em andamento na literatura policial, reforça que seu maior objetivo é estimular a leitura entre crianças e adolescentes:
— Acredito que a leitura pode transformar vidas. Meus livros falam sobre livros justamente para despertar esse interesse. É notadamente livros clássicos infantojuvenil, justamente para colocar essa semente na mente das crianças para que elas se sintam cada vez mais atraídas pelo ato de ler. Espero, como acadêmica, aumentar ainda mais o raio de difusão desse trabalho que venho fazendo.
A trajetória de Armando Ribas Neto
Publicitário há mais de três décadas, empresário e escritor, Ribas Neto é autor da série Marvin Green, composta por três livros já publicados: Marvin Green e a Chave Mestra, Marvin Green e o Segredo da Sereia e Marvin Green e a Gaiola Dourada. As obras alcançaram destaque em rankings nacionais de vendas na categoria infantojuvenil e ganharam até versão em edição de luxo e formato para colorir.
Agora ocupante da cadeira 36, cujo patrono é o escritor Ramiro Barcelos, Armando destacou a ligação afetiva e familiar com a obra Antônio Chimango, de Barcelos.
— Sempre admirei a trajetória dele. Meu bisavô, Augusto Ribas, era chimango, usava o lenço branco, e por tradição isso me acompanha. Meu pai que colocou o livro nas mãos, na primeira vez ainda adolescente, para conhecer a histórias — rememorou o escritor.
Sobre o novo momento, o escritor ressaltou o desejo de contribuir para o fortalecimento da produção literária local:
— Além de seguir contribuindo com o meu trabalho como escritor, quem sabe, também servir de exemplo para que outras pessoas que têm capacidade e vontade de escrever possam colocar as suas ideias no papel e produzir livros.
Renovação na Academia
Com a posse de Armando Ribas Neto e Roberta Trevisan, a Academia Santa-Mariense de Letras segue em seu processo de renovação, abrindo espaço para novos escritores que representam diferentes áreas e estilos.
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