Vicente Paulo Bisogno

Nos confins da alma

Houve um tempo na minha infância, na minha mais tenra idade, que tinha o costume de colecionar frases. Preenchi nem sei quantos cadernos com frases, pensamentos, valiosos ensinamentos. Os cadernos perdi, e as frases, quase todas, esqueci, nas várias fases e faces da vida. Talvez um pouco do que sou hoje seja por conta dessas anotações e de suas lições.

 
Tem uma frase, porém, que nunca esqueci: “faz tudo como se alguém te observasse”. Só pode ser Deus, logo pensei. E não estava errado, mas hoje sei que somos acompanhados permanentemente também por seres que recebem diferentes denominações, anjos, espíritos, entidades ou simplesmente energias, que atuam na nossa consciência e onde estão gravadas todas as leis divinas.

 
Nos dias de hoje esta ideia da observação ganhou dimensões materiais, outro sentido e outra finalidade. “Sorria, você está sendo filmado” foi um dos primeiros registros, até chegar à infinidade de olhos eletrônicos que acompanham quase todos nossos passos. Novos olhares em todos os lugares, máquinas policiando homens para inibir, identificar e punir práticas consideradas danosas às regras sociais.

 
As câmeras que identificam delitos materiais nem sempre identificam delitos morais. Estes não estão no campo da visão física, mas nos confins da alma, e na consciência de cada um. A vida é um desafio constante, mas também uma oportunidade permanente de crescimento e evolução, material e espiritual. Seremos sempre o resultado de nossas escolhas, certas ou equivocadas. Agora e depois.



A dinâmica do trânsito

Santa Maria tem uma frota de quase 200 mil veículos (178.610, segundo o censo do IBGE, 2022), entre automóveis, utilitários, ônibus, caminhões, motos e outras espécies. A geografia de nossas ruas é praticamente a mesma dos últimos 10 ou 20 anos, e isso cria necessidade de intervenções que possam preservar a segurança, o fluxo e a mobilidade como um todo. O trevo das Dores continua sendo um dos principais “gargalos”. 


A passagem em alguns horários é quase impossível e depende, muitas vezes, da “gentileza” de alguém que decide parar na via preferencial, com o risco de ouvir buzinaços e até impropérios. A solução definitiva passa por obras de maior envergadura e investimento, mas é preciso buscar alternativas imediatas para mitigar a situação a curto prazo.


Esperança para a Concha Acústica

Assunto tratado aqui na Coluna, semana passada, teve uma resposta positiva da prefeitura. Conforme matéria do Bernardo Abbad, edição de quarta-feira do Diário, representantes das secretarias municipais de Cultura e de Elaboração de Projetos estiveram na Concha Acústica, no Parque Itaimbé, para uma vistoria. Por enquanto, o que existe é apenas intenção. A preocupação é com a demora da obra de revitalização, e com os estragos ainda maiores que possam ser causados até lá. Sem falar no mais importante, que é o prejuízo cultural.


Empresa anuncia o fim do cimento na construção civil

Um material aglutinante de cimento mais sustentável promete reduzir drasticamente as emissões de CO2 no planeta. Trata-se de um concreto pronto para misturar sem cimento. A empresa C-Crete Technologies, que usou o produto num prédio antigo de Seattle, Estados Unidos, afirma que o material absorve o CO2 do ar ao longo do tempo, conferindo-lhe maior durabilidade e contribuindo para o impulso da indústria da construção civil em direção a emissões líquidas zero. Em 2022, a indústria cimenteira foi responsável por 7% das emissões globais de CO2. Ainda não há previsão de quando poderá chegar ao mercado mundial.


Central de Polícia

A aprovação pela Câmara de Vereadores da moção de autoria do vereador Delegado Getúlio foi um reforço importante para a construção da sede da Central de Polícia em Santa Maria. O assunto, tratado aqui na coluna há algumas semanas, pode ganhar um desfecho em breve. Segundo informações extraoficiais, o Daer deve se transferir para o antigo prédio do IGP, na Rua Gaspar Martins, até o final do ano, facilitando o início das obras na Avenida Medianeira.


Bastidores

Pesquisa nacional promovida pelo Instituto Cidades Sustentáveis revela que 78% dos entrevistados não têm vontade alguma de participar da vida política de suas cidades. Apenas 8% dizem ter muita vontade de participar e 13%, alguma vontade. O estudo mostra também que 70% dos entrevistados não se lembram em quem votaram para deputado estadual, federal e para senador nas eleições passadas. Dois mil brasileiros com mais de 16 anos foram ouvidos em setembro, de forma presencial ou pela internet. O índice de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro, é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.


Janela de março promete

A “ janela partidária” de março do ano que vem pode trazer várias mudanças no cenário político local. Pelo menos 5 ou 6 trocas são dadas como certas, fora surpresas eventuais. Desde o ano de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que só pode usufruir da janela partidária a pessoa eleita que esteja no término de seu mandato, e seis meses antes das eleições. Os corredores da Câmara andam agitados, e as redes sociais mais ainda. Nos gabinetes a movimentação tem sido grande, inclusive com anúncio de troca de siglas.


Logotipo oficial

Repercutiu bastante a mensagem passada pelo Tribunal Superior Eleitoral, no lançamento do logotipo oficial do pleito do ano que vem. A marca traz na sua composição a hashtag (#) ao lado da frase “VOZ DA DEMOCRACIA – Eleições 2024”. As imagens com vários tons de cores dão a ideia da diversidade e da pluralidade do cenário político brasileiro. Testes públicos de segurança das urnas eletrônicas e combate às fake news têm sido destacados como ações permanentes para garantir a lisura do processo.


E a vida continua, nesta e em outras dimensões.

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