Foto: Gabriel Souza (Divulgação)
Discurso afinado e fechado com a pré-candidatura do vice-governador Gabriel Souza ao Palácio Piratini, em 2026, marcou a 4ª edição da série "Pelo Rio Grande – para continuar fazendo história", realizada na manhã de sábado (16), em Santa Maria.
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Considerado até aqui, segundo os organizadores, o maior evento entre os já promovidos em outros cantos do Estado com mais de 500 participantes, o seminário reuniu prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e dirigentes emedebistas do Vale do Jaguari, Quarta Colônia, Centro Serra e Centro.
Muitas dessas lideranças se revezaram no microfone antes do ato político com a presença, entre outros, do vice Gabriel , do ex-senador José Fogaça, do presidente estadual do MDB, deputado Vilmar Zanchin, dos secretários de Logística e Transportes, Juvir Costella, da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edvilson Brum, e do secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, o anfitrião do encontro em Santa Maria. Os deputados Rafael Braga e Patrícia Alba também estiveram presentes.
Apelo
Em cada manifestação, o apelo uníssono para as lideranças trabalharem o nome do vice-governador nos quatro cantos dos seus municípios e não perder tempo "com Lula, Bolsonaro, com ideologias". Em seu pronunciamento, Fogaça observou que o MDB deu uma passo atrás para dar dois para frente, referindo-se ao fato de o partido abrir mão da candidatura de Gabriel em 2022 para ser vice do hoje governador Eduardo Leite (PSD), decisão que gerou uma racha dentro da sigla à época. E convocou a militância para a futura campanha.
– Vocês são aquela energia que vai carregar nos ombros o Gabriel – acrescentou o ex-senador.
Pré-candidatos da região
Presidente do MDB, Zanchin lembrou que assumiu o comando gaúcho do partido com a missão de apaziguar a sigla após o pleito de 2022 e que sua missão está cumprida. Destacou que, dentro do MDB, Gabriel "já ganhou a eleição" pela unidade construída em torno do seu nome e fundamental para a campanha. Secretário de Logística, Costella fez o discurso de maior mobilização diante da militância e fez uma defesa dos pré-candidatos da região: o ex-prefeito de Restinga Sêca Paulo Salerno, o vereador de Santa Maria Rudys Rodrigues, ambos concorrem a deputado federal, e Fantinel, que buscará à reeleição na Assembleia Legislativa.
– A região tem o dever, a obrigação de ter sua representatividade. Eu não sou homem de olhar o meu umbigo – disse Costella, incentivando os militantes a votarem nos pré-candidatos caseiros.
Anfitrião
Penúltimo a se manifestar, Fantinel, anfitrião da edição em Santa Maria, além de listar as principais ações da pasta de Desenvolvimento Social, reforçou o apelo de Costella para "apoiar os candidatos de casa, com compromisso pela região". Pediu, ainda, aos militantes para conversarem "com tranquilidade com as famílias" diante da polarização exacerbada.
– As pessoas escolheram fazer políticas contras pessoas, e não contra os problemas – frisou Fantinel.
E fez um chamamento à militância para a campanha do pré-candidato a governador:
– A eleição do Gabriel começa pela gente.
"Paramos de brigar"
Gabriel encerrou o evento. Além de lembrar todos os ex-governadores do MDB e sua contribuição para o Estado, enumerou ações do governo Leite para colocar salários em dia e o pagamento do transporte escolar, por exemplo. Ao longo do discurso, saudou o fato de o MDB estar apaziguado, acrescentando que alguns que não concordam com a união do partido "procuraram outro caminho" e outros que manifestam contrariedade, "estamos respeitando".
–Estamos unificados, paramos de brigar – afirmou Gabriel.
Contudo, fez questão de dar um recado:
– Eu faço política em grupo. Eu vou saber valorizar quem está junto nos momentos difíceis de campanha.
Ao analisar o cenário ao Piratini, avaliou que a sucessão de Eduardo Leite se antecipou muito.
– Estamos vivendo uma eleição muito antecipada. É uma coisa impressionante – observou o vice-governador, que foi lançado na disputa pelo MDB em junho deste ano.
Radicalização
Ao criticar a "radicalização" entre os extremos – aliados do presidente Lula e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro –, ele deu o tom da sua campanha em 2026.
– Nosso partido não faz política com ódio. A radicalização, agora, está na conta bancária, no emprego dos seus filhos. A radicalização entrou na vida real das pessoas. Não se faz o bem com ódio no coração. Não se consegue melhorar a vida das pessoas com essa briga insana – ressaltou.
Para finalizar, o pré-candidato ao Piratini disse que "o Rio Grande penou" para equilibrar suas contas e fazer investimentos e que "precisa dar um passo adiante" sob aplausos. Depois, Gabriel ficou alguns minutos fazendo fotos com os participantes do encontro na Região Central.