Depois de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, ou PEC das Prerrogativas, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite de quarta-feira, em votação relâmpago a urgência para a votação de um projeto para anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro e também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foram 311 votos a favor para tramitação rápida, no caso a análise direta no Plenário sem passar pelas comissões, e 163 contra – dos 31 parlamentares gaúchos, 20 votaram favoráveis e 11, contrários. Com respaldo amplo do PL e do Centrão, o projeto terá como relator o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade).
O detalhe é que o regime de urgência foi votado sem ao menos ter o texto, inclusive nem relator do projeto tinha. Há uma proposta que prevê anistia geral, e outra, que estabelece restrições aos condenados pelos atos nos Três Poderes.
Pelas últimas votações em tempo recorde e que favorecem um grupo e os próprios parlamentares, o Congresso não parece preocupado com a opinião pública.
Regime de urgência da anistia
Voto dos deputados gaúchos
A FAVOR
- Afonso Hamm (Progressistas)
- Alceu Moreira (MDB)
- Any Ortiz (Cidadania)
- Bibo Nunes (PL)
- Covatti Filho (Progressistas)
- Daniel Trzeciak (PSDB)
- Danrlei (PSD)
- Franciane Bayer (Republicanos)
- Giovani Cherini (PL)
- Lucas Redecker (PSDB)
- Luiz Carlos Busato (União Brasil)
- Marcel van Hattem (Novo)
- Marcelo Moraes (PL)
- Márcio Biolchi (MDB)
- Mauricio Marcon (Podemos)
- Osmar Terra (PL)
- Pedro Westphalen (Progressistas)
- Ronaldo Nogueira (Republicanos)
- Sanderson (PL)
- Zucco (PL)
CONTRA
- Afonso Motta (PDT)
- Bohn Gass (PT)
- Daiana Santos (PCdoB)
- Denise Pessôa (PT)
- Fernanda Melchionna (PSol)
- Heitor Schuch (PSB)
- Lindenmeyer (PT)
- Marcon (PT)
- Maria do Rosário (PT)
- Paulo Pimenta (PT)
- Pompeo de Mattos (PDT)