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Foto: Renan Mattos (Diário)
A polêmica sobre o projeto que prevê fim gradual dos cobradores de ônibus em Porto Alegre, que gerou protestos este mês na Capital, é só a ponta do iceberg de uma transformação pela qual estamos vivendo e que deve se intensificar nos próximos anos, com os avanços da tecnologia e as novas formas de consumo. Estudo do Laboratório do Futuro, da UFRJ, publicado no jornal O Globo este mês, aponta que cerca de 50% das vagas de trabalho no Brasil poderão ser cortadas até 2040, devido à massificação de tecnologias como inteligência artificial e robôs.
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Talvez o corte de empregos não chegue a tanto, mas provavelmente será significativo. Basta olhar para o passado e ver como algumas profissões foram perdendo postos de trabalho. Por exemplo, agências bancárias que tinham 80 funcionários nos anos 1990, hoje conseguem funcionar com cerca de 10 - é uma mudança gradual e quase natural que praticamente nem nos damos mais conta disso. Algumas décadas antes, o trabalho braçal nas lavouras e em indústrias foi substituído por máquinas.
Agora, devido às roletas eletrônicas, a tendência é, sim, do fim dos cobradores a médio ou longo prazo no Brasil, a exemplo do que ocorre em outros países. Claro que aqui a violência dificulta essa mudança, até porque os cobradores ajudam os motoristas a cuidar dos passageiros. Obs.: só para deixar claro, aqui em Santa Maria houve tentativa de acabar com os cobradores, mas isso não vingou. E no momento, não há nenhuma tratativa para isso no Coração do Rio Grande.
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Segundo o estudo do Laboratório do Futuro, a diferença é que agora os efeitos serão sentidos em setores como comércio, agricultura e manufatura, atingindo empregos em todo o país. Um exemplo é que, com a evolução dos sistemas de pagamento, não deve haver mais a necessidade de operador de caixa. Será mesmo? E com o boom das contas bancárias digitais e dos sites de e-commerce, é provável que as agências tradicionais e as lojas físicas de alguns tipos de produtos tenham grande encolhimento. Além disso, num futuro próximo, os sistemas de inteligência artificial e robôs devem tirar postos de trabalho de setores de serviços e administrativos, concentrados mais nas regiões Sul e Sudeste.
Como exemplo, o estudo divulgado pelo O Globo cita que a inteligência artificial está comparando processos e decisões judiciais, podendo tirar a necessidade de contratar advogados em parte dos casos. Computadores já ajudam em diagnóstico médico. Também crescem sites de automação de serviços de contabilidade.