Deni Zolin

Santa Maria Design House ajudará no desenvolvimento de novo satélite

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

O ITASAT 2 deve ser semelhante ao primeiro satélite do ITA (foto). Martins mostra a placa controladora do kit de robótica que tem o chip criado pelo projeto

O Santa Maria Design House (SMDH), projeto criado dentro da UFSM para o desenvolvimento de circuitos integrados (chips), e que participou do desenvolvimento de dois nanossatélites da universidade que estão no espaço, participa agora do projeto de um novo satélite. O ITASAT 2 está sendo desenvolvido pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos, em parceria com a Nasa e universidades dos Estados Unidos e Israel. Segundo o coordenador da SMDH, João Baptista dos Santos Martins, ela foi contratada para desenvolver um circuito de comando de controle e de análise de falhas tolerantes à radiação, além de um contador de elétrons, prótons e nêutrons, que serve para medir a radiação que incide sobre o satélite. Segundo o ITA, o ITASAT 2 é um projeto de um voo de formação de três satélites para fazer investigações científicas e tecnológicas na ionosfera. É uma continuação da pesquisa iniciada com o projeto Sport, um nanossatélite com a finalidade de investigar o clima espacial, e sua importância reside no fato de a ionosfera ter uma influência muito grande nos sistemas eletrônicos atuais utilizados em nossa sociedade, tais como o GPS, de comunicações e de transmissão de energia.

Hoje, a Santa Maria Design House tem sete pesquisadores, mas chegou a ter mais de 25 pessoas. Agora, além desses projetos para o satélite do ITA, ela tem outros planos de uso dos chips.

1º chip receberá patente e será usado em aulas de robótica em escolas de Santa Maria

Martins lembra que recebeu a confirmação de que está prestes a sair a patente brasileira de seu primeiro chip, o ZR16S08. Ele pode ser usado em qualquer equipamento que tenha controle, como portões eletrônicos, iluminação, controles remotos e equipamentos de medição de temperatura, por exemplo. No momento, o projeto tem 2 mil chips prontos e pretende utilizá-los para um projeto de robótica nas escolas. O chip vai equipar uma placa de comando (na foto, na mão de Martins) acoplada em um carrinho que será programado e comandado por alunos. A ideia é iniciar um projeto piloto e gratuito, em 2022, em duas escolas municipais de Santa Maria. O carro-robô será programado em computador por alunos de 10 a 14 anos, em aulas que não focam só o aprendizado de robótica, mas de raciocínio lógico, trabalho em equipe e noções de informática.

- Será um kit, com uma maleta com um carrinho e a placa controladora, além de manual didático. Desenvolvemos a placa controladora, que tem o chip ZR16S08, o programa de computador que usa a linguagem de blocos e o material didático. Só o carrinho que a gente compra de fora e que tem uma interface para conectar no computador e programar - conta Martins.

Segundo Martins, a intenção é que esse projeto piloto dê origem a uma nova startup na UFSM, que desenvolva esse produto de robótica para escolas, que possa ser vendido no mercado.

O próximo desafio é conseguir fabricar os chips em larga escala e de forma miniaturizada, do tamanho de um ponto, para ganhar em competitividade e fechar contrato de venda para algum fabricante de produtos eletrônicos. Atualmente, esses chips são desenvolvidos (desenhados) aqui e fabricados na Malásia, onde há fábricas que produzem esse tipo de microchips.

Outro chip criado pela Santa Maria Design House tem como finalidade reduzir a zero o consumo de energia elétrica em equipamentos eletrônicos que ficam em modo de espera (stand-by).

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Crea intensifica ações de fiscalização em obras de construção em Santa Maria Anterior

Crea intensifica ações de fiscalização em obras de construção em Santa Maria

UFSM e Fatec vão construir Rota Elétrica Mercosul, com R$ 14 milhões de investimentos Próximo

UFSM e Fatec vão construir Rota Elétrica Mercosul, com R$ 14 milhões de investimentos

Deni Zolin