Foto Vinicius Machado, BD
Uma equipe que se desloca até uma casa para retirar um morcego preso na sala, ou para cortar um galho de uma árvore. Esses são alguns dos tipos de chamados que caem no Corpo de Bombeiros e que, em alguns casos, atrasam o socorro de casos mais graves de incêndios e de acidentes. Diante disso, o comandante do 4º Batalhão de Bombeiro Militar, tenente-coronel Rafael Gonçalves Pereira, faz um apelo à população.
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– Infelizmente, nossa comunidade tem banalizado o serviço do Corpo de Bombeiros, principalmente com captura de animais. Nós somos demandados para capturar um morcego em uma sala. Essa mesma guarnição que está indo para capturar o morcego, que era só abrir a janela de sua casa que o animal iria sair, é a mesma guarnição que está escalada para um grande incêndio. O mesmo ocorre com a equipe que está trepada na árvore para cortar um galho. Então, nós gostaríamos muito de alertar nossa comunidade e solicitar que procurem outros órgãos para fazer esse tipo de atendimento e deixem os bombeiros, pelo 193, exclusivamente para combate a incêndio. O Samu de Santa Maria é muito bem estruturado. Então, para casos clínicos em que haja necessidade de condução de uma pessoa para atendimento médico, o Samu tem a possibilidade até de aplicar medicamentos, que o Corpo de Bombeiros, por uma lei federal, não é autorizado.
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Segundo o comandante, hoje Santa Maria tem 50 bombeiros militares, mas, no mundo ideal, deveria ter 80 profissionais:
– Hoje, existe menos de 10% de defasagem, mas para fins da nossa realidade. Se fosse o mundo ideal, teria de aumentar um pouco mais (chegando a 80), para ter uma guarnição fixa em Camobi, outra fixa no Parque Pinheiro e bom efetivo no Centro.
ATENDIMENTOS SEGUIRÃO NA REGIÃO OESTE
Sobre o fato de o quartel do Parque Pinheiro Machado não ter mais caminhão de combate a incêndio, o comandante diz que vai lutar para tentar que o local volte a ter essa viatura e equipe fixa, mas admite que não há uma previsão de isso ocorrer. Inclusive, lembrou que, durante a temporada de veraneio, com a transferência de bombeiros para o litoral e praias de rios, tanto o quartel do Parque Pinheiro quanto o de Camobi costumam ficar sem caminhão contra incêndios.
– Em Camobi, no início de março, devemos ter de novo o caminhão de combate a incêndio.
O tenente-coronel ressaltou que, mesmo sem o caminhão no Parque Pinheiro, a Região Oeste da cidade seguirá sendo atendida pelos bombeiros. Segundo ele, um caminhão leva de seis a sete minutos para ir do Centro à Nova Santa Marta, por exemplo, e 10 a 12 minutos até Camobi.
