Imposto pelo arroto do boi

Há cerca de um ano e meio atrás a Nova Zelândia surpreendeu o mundo com o anúncio da taxação sobre a produção de gases emitidos naturalmente pelos bovinos. O imposto sobre o “arroto do boi” foi introduzido em outubro de 2022 sob a liderança da então Primeira-Ministra Jacinda Adern, do Partido Trabalhista e deveria começar a ser pago a partir de 2025. Objetivo? Combater as mudanças climáticas. E o produtor poderia recuperar esse custo cobrando a mais pela carne e leite “amigos do clima”.

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Novas perspectivas

Desde então, uma grande pressão feita pelos agricultores preocupados com a viabilidade dos negócios gerou efeitos políticos. O atual governo, liderado pelo Partido Nacional cancelou o plano de taxar as emissões de gases gerados nas atividades agropecuárias. E agora propõe envolver o setor agropecuário na busca por soluções para trabalhar a questão ambiental. “Estamos focados em encontrar ferramentas práticas e tecnologia para os nossos agricultores reduzirem as suas emissões de uma forma que não diminua sua produção ou as exportações do país”, informou o ministro da Agricultura da Nova Zelândia, Todd McClay.

No farmers, no food

Preocupa os compromissos ideológicos de alguns governos com impostos punitivos e contraproducentes sobre a produção de alimentos. Não podemos aceitar ações sem amparo científico, que ameacem as comunidades rurais e ponham em risco a segurança alimentar da população. A mensagem vista nas ruas e nos protestos dos agricultores neozelandeses se propaga pelo mundo: “No farmers, no food” (Sem agricultores, sem comida). E, que cedo ou tarde, a realidade se imponha e a ciência sempre se sobreponha ao fanatismo ideológico.

Arroz: supeitas de fraude cancela leilão 

Não bastou a fiasqueira do “leilão do arroz” e a demissão do secretário de política agrícola devido às suspeitas de fraudes envolvendo as empresas compradoras do grão. O governo federal segue insistindo na importação de arroz. No final da semana, o ministro Carlos Fávaro, voltou a defender, durante debate na Câmara dos Deputados, a necessidade da compra de arroz. A medida segue sendo questionada e deverá haver forte pressão das entidades ligadas ao setor nos próximos dias para que o leilão não aconteça. O setor produtivo (representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul, da Câmara Setorial de Arroz e do Instituto Rio Grandense do Arroz) mantem a contrariedade ao leilão, baseado na disponibilidade do cereal que será suficiente para atender a demanda do país.

Expointer confirmada

Será grande o desafio das entidades envolvidas na organização da Expointer, que foi confirmada para acontecer entre 24 de agosto e 1º de setembro. O Parque Assis Brasil até pouco tempo estava debaixo d’água devido às intensas chuvas de maio. O custo estimado pelo ESstado passa dos 6 milhões para as reformas necessárias em pisos, rede elétrica, hidráulica entre outros reparos. O parque será todo revisado para que tudo corra da melhor forma e tenhamos uma 47ª edição de sucesso.

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Daniele Araldi

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