diário bem-viver

Atenção à pele dos pequenos no verão

Diogo Brondani


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No verão, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Especialmente com a pele infantil, a hidratação e a alimentação. Consumo frequente de água, suco e isotônicos, frutas, legumes e verduras e proteção dos raios de sol, com uso de roupas leves são cuidados fundamentais para aproveitar essa época sem afetar o bem-estar.

E quando se fala em pele, é preciso ter ainda mais atenção com as crianças. Conforme a médica dermatologista do Vida Card Santa Maria, Paula Cocco, a pele dos pequenos tem características diferentes das dos adultos, mostrando-se mais sensível, fina e frágil.

- A imaturidade da sua barreira epidérmica diminui significativamente a defesa contra agressores externos, deixando a pele mais suscetível ao trauma, infecções e outras enfermidades. Devido às características próprias da pele das crianças, o uso dos produtos cosméticos destinados à sua higiene e proteção requer um cuidado especial - explica a médica.

A profissional ressalta ainda que as crianças merecem cuidados o ano inteiro, mas no verão esses cuidados precisam ser mais específicos, devido a fatores como: alta exposição solar com elevados índices de radiação ultravioleta, maior contato com insetos e áreas de uso comum, maior incidência de dermatoses associadas ao aumento do calor e da umidade corporal.

Os principais cuidados com a pele da criança no verão devem ser o uso de protetores ou filtros e roupas de proteção, evitando exposição solar em horários entre 10h e 15h, hidratação da pele com uso de produtos específicos e proteção contra insetos, micoses, assaduras e alergias (brotoejas).

Como é também nessa época do ano em que se frequenta praia e piscina, é importante seguir algumas recomendações com as crianças.

- Sabe-se que queimaduras solares aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de pele e estudos demostram que a maior parte da exposição solar ocorre na infância. O uso do protetor solar não é recomendado para crianças de até seis meses, devido a imaturidade da pele que faz com que ela absorva mais intensamente o produto, podendo tornar-se tóxico. O indicado é evitar a exposição ao sol e, se for necessário, usar protetores físicos, como roupas e chapéu com proteção solar - sugere a profissional da saúde.

Para após os seis meses de idade, a dermatologista afirma que é importante o uso de filtro solar infantil com fator de proteção mínimo de 30 e com aplicação da quantidade correta.

- O filtro solar deve ser aplicado ainda em casa e reaplicado a cada 2 a 3 horas e após os banhos de mar ou piscina - explica.

IRRITAÇÕES NA PELE

Além das queimaduras, o calor somado à umidade nos meses de verão pode resultar em irritações, alergias e micoses. Paula Cocco considera que a hidratação da pele é fundamental para mantê-la intacta e conferir proteção contra agressores externos, evitando a piora de condições de pele já existentes, como a Dermatite Atópica e barrando o aparecimento de alergias.

- Ela é realizada com hidratantes que são substâncias ricas em lipídios que amaciam e restauram a elasticidade e a homeostase da pele. Além de benéficos nas peles ressecadas e com processos inflamatórios, os hidratantes tornam-se essencialmente importantes devido à exposição diária da pele a mudanças climáticas e agentes externos, excesso de banhos e uso de sabonetes alcalinos - diz a dermatologista.

A areia da praia também oferece riscos, já que pode ser transmissora de doenças cutâneas, como micoses e larva migrans (bicho geográfico) e pode exacerbar doenças de pele já existentes como a dermatite atópica. Os principais cuidados são não andar descalço em praias, piscinas e pisos úmidos, como lava-pés e vestiários; tomar banho ao chegar em casa e aplicar hidratantes específicos em todo o corpo.

- Outro problema comum desta época são os insetos. Assim como o protetor solar, o repelente só pode ser usado em bebês maiores de seis meses. Antes disso, a única proteção é a física: camisas de mangas longas e calças compridas, além de telas e mosquiteiros. Depois dessa idade, os repelentes mais indicados são os à base de Deet e Icaridina - aponta a médica.

As brotoejas também são bastante comuns no verão. Elas são um processo inflamatório em glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor. Para evitá-las é aconselhado o uso de roupas leves e largas, preferencialmente de algodão e manter o ambiente arejado e fresco.

As assaduras são outro problema nos dias mais quentes. São provocadas por fungos que crescem devido à combinação entre umidade e calor. É importante sempre trocar as fraldas ou deixar a criança um tempo do dia sem elas, evitando que aumente a umidade e o calor na pele.

- O mais aconselhado, sempre, antes de fazer uso de qualquer produto é buscar auxílio de um médico dermatologista - finaliza.


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