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Vereador acusado de suposta agressão a motorista de app volta à Câmara nesta terça

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Foto: Divulgação

Depois de 170 dias de licença, o vereador Alex Vargas Nunes (MDB) volta a Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul nesta terça-feira. Ele e outras cinco pessoas estavam presos desde o dia 17 de setembro por causa de uma suposta agressão a um motorista de aplicativo na cidade. Os seis homens, que são taxistas, conseguiram a liberdade provisório em 20 de fevereiro.

Após a prisão, a defesa pediu uma licença de afastamento, sem remuneração, para o parlamentar, válida por 120 dias por ano. 

- A expectativa é boa para voltar. Quero seguir na luta intensa para defender a nossa categoria de taxistas e regulamentar esses aplicativos que chegaram na cidade. Na justiça, vai ser provado que não aconteceu bem isso que estão falando. Eu não me envergonho de nada que fiz, porque não fiz nada errado. Nós só fomos lá (na rodoviária) tirar satisfação com o motorista de Uber e apresentar um documento que fala da regulamentação dos aplicativos. Queríamos dialogar - relata o vereador.  

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Segundo Nunes, houve apenas alguns empurrões na noite do ocorrido, mas nenhuma agressão grave. Ele se disse, ainda, descontente com a forma como o assunto foi conduzido pela Polícia Civil e Ministério Público. 

O vereador afirmou que é seu interesse continuar na política, mas vai conversar com os demais integrantes do partido. 

- A vontade é seguir representando a classe que me elegeu, dos taxistas. Mas vou dialogar com os membros do MDB - destacou. 

Além das seis pessoas que estavam presas no Presídio Estadual de Caçapava do Sul, outros seis taxistas também são acusados de participar da suposta agressão. Todos os 12 se tornaram réus no processo judicial e respondem por tentativa de homicídio qualificado.

O CASO
No dia 11 de setembro, às 20h20min, o motorista de app foi a um estacionamento da rodoviária de Caçapava do Sul pegar um passageiro. Conforme a denúncia do Ministério Público, menos de um minuto depois, chegam cinco homens em um táxi. A câmera de vigilância do estacionamento flagrou quatro deles colocando máscaras no rosto. Outros cinco taxistas chegam em seguida para participar da emboscada. 

Parte dos réus ficou na entrada da garagem para impedir que a vítima pudesse fugir do local, enquanto outros abordaram e agrediram a vítima com chutes e socos. O MP relata que, pouco tempo depois, os suspeitos começaram a sair do local, pois o responsável pela garagem gritou para que parassem e que iria chamar a Brigada Militar. Em virtude de um chute na nuca, a vítima desmaiou e voltou a si por volta de 15 minutos depois, quando o Samu chegou ao local. 

O MP salienta que o motorista de aplicativo só não morreu porque recebeu atendimento médico eficaz. Mesmo após a agressão, a vítima relatou que continuou sendo ameaçada pelos taxistas. Além dos 10 taxistas que teriam participado da agressão, outras duas pessoas foram denunciadas por participarem de reuniões onde supostamente a agressão foi planejada.   

O Ministério Público entendeu que o crime ocorreu por motivo torpe, visto que os acusados, na condição de taxistas, objetivavam intimidar, ameaçar e impedir que o serviço de Uber fosse prestado na cidade. Também agiram de emboscada, pois organizavam havia dias a estratégia. 

*Colaborou Janaína Wille

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