melhora dos índices

VÍDEO: Com 77% de ocupação de UTI, Santa Maria tem a menor taxa desde fevereiro

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  • Taxa de ocupação de leitos de UTI (para pacientes Covid e não Covid) está em 77% em Santa Maria. É o menor percentual desde 25 de fevereiro na cidade
  • Santa Maria tem 153 leitos de UTI, sendo 99 exclusivos para coronavírus
  • Desde abril, quando foi o pico de hospitalizações, a queda de ocupação foi de 26% 
  • Hospitais da rede privada percebem a redução com mais força. No SUS, ocupação ainda está na casa dos 90%
  • A redução ocorre em todo o Rio Grande do Sul. A taxa de ocupação no Estado está em 79,8%

Santa Maria tem a menor taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 25 de fevereiro. Nesta terça-feira, 77% das 153 vagas (entre leitos Covid e não Covid) estão ocupadas. Essa redução é puxada pela queda de internações no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, que é referência no atendimento na rede privada. No Sistema Único de Saúde (SUS), houve uma ligeira melhora, mas os índices de ocupação ainda continuam próximos do limite.

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Atualmente, há 119 pacientes hospitalizados em UTIs da cidade. Desse total, 83 (69%) possuem confirmação ou suspeita de coronavírus. O índice de ocupação de UTI considera o total de vagas e o de pacientes internados por todas as doenças. Desde o início da pandemia, com o aumento de casos de coronavírus, cresce também a pressão sobre o sistema de saúde. Durante pico da pandemia na cidade, em 4 abril, o índice chegou a 161 internações, restando apenas dois leitos livres na cidade. A queda, desde então, foi de 26%.

Neste ano, com o agravamento da pandemia em março e abril, 34 novos leitos de UTI foram abertos, sendo 21 no Hospital de Caridade, na rede privada, e 13 no SUS. Com isso, o total de leitos chegou a 163 neste período. Mesmo com o aumento, em pelo menos dois momentos, Santa Maria ficou mais de uma semana com 100% de ocupação de leitos do SUS: de 2 a 16 de abril e entre 7 e 20 de junho

O patamar atual, porém, ainda é superior aos piores momentos de 2020. No auge da segunda onda, em dezembro, Santa Maria contabilizava 98 pessoas internadas com a doença em leitos de UTI.


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Como mostra a curva do gráfico, o pico de internações aconteceu no início de abril, com 161 pacientes hospitalizados e uma ocupação de 99%. Na sequência, houve uma estabilização em patamar elevado e, agora, há uma queda da curva. O índice atual se iguala ao de fevereiro deste ano



Avanço da vacinação e perfil mais jovem dos contaminados
Com a queda das internações, no último mês, o Hospital de Caridade já conseguiu fechar 10 dos leitos que foram abertos na época de pico. Desde o início da pandemia, os atendimentos para coronavírus ocorrem no Hospital Alcides Brum, que fica em anexo ao Caridade, para evitar contato de pacientes com o vírus com pessoas que procuram atendimento por outras doenças. De acordo com o diretor técnico, Luiz Gustavo Thomé, atualmente, a média de novas internações diárias, entre leitos clínicos e de Covid-19, está em torno de cinco. Em março e abril, essa média chegou a 30. 

- Faz 20 ou 30 dias que percebemos essa queda maior na procura por atendimento. É uma redução gradual, com intensificação nos últimos dias. Os leitos foram fechados com segurança, já que ainda continuam com unidades livres todos os dias - explica. 

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O diretor técnico atribui a queda ao avanço da vacinação e à mudança de perfil dos contaminados, já que os mais jovens, em geral, conseguem se recuperar mais rápido da doença. Agora, além de lidar com a demanda que ainda chega, o desafio é planejar o atendimento dos pacientes pós-Covid.

- O nosso maior medo e a nossa maior preocupação eram de que as pessoas morressem porque não conseguiram atendimento. Isso não aconteceu. Conseguimos, mesmo nos momentos mais difíceis, garantir acesso a todos. Para o futuro, temos que pensar como garantir acompanhamento aos pacientes que tiveram complicações. Provavelmente, vamos manter as UTIs Covid por mais um bom tempo, já que a tendência é que continuem chegando casos residuais - analisa.

SUS teve queda, mas segue em alerta 
No sistema público, a situação é semelhante, mas a redução foi em menor escala. No Husm, as UTIs chegaram a operar acima da capacidade. Agora, há uma média diária de cinco leitos livres. O hospital é referência no atendimento pelo SUS para 45 municípios da Região Central e tem 20 unidades intensivas Covid.

- O nosso pior momento foi em março, com grande número de internações. Abril e maio continuamos com grande demanda - afirma Liliane Souto Pacheco, médica infectologista e chefe do setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente.

A médica também acredita que a imunização é um dos fatores que contribui para a baixa de hospitalizações. Em época de pico, além da UTI lotada, o hospital chegou a ter 18 pacientes diários na fila de espera por um leito e também recebeu pessoas de outras regiões, encaminhadas pela regulação estadual. 

Segundo Liliane, a abertura de mais leitos de UTI no Hospital Regional, que agora chegam a 38 - todos para atendimentos Covid -, foi importante para garantir atendimento no sistema público. 

Atualmente, 33 dos 38 leitos intensivos do Regional estão em uso. O hospital, que foi inaugurado há três anos e passou a ter internações em abril de 2020, durante a pandemia, tem também 60 leitos clínicos. 

NO RIO GRANDE DO SUL
A redução nas internações em UTI é notável em todo o Rio Grande do Sul. Os índices gerais do Estado mostram que 79,8% dos leitos estão em uso. São 2.602 pessoas hospitalizadas, sendo 1.416 com a confirmação ou suspeita do coronavírus. A última vez que o RS tinha apresentado uma condição tão favorável foi em 17 de fevereiro, com 1.408 pacientes com Covid internados. Entre março e maio, a ocupação ultrapassou os 100%.

OCUPAÇÃO ATUAL POR HOSPITAL

Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)

  • 34 leitos, 31 ocupados (91%)
  • Desses, 20 são leitos Covid-19 e 18 estão em uso (90%)

Hospital Regional de Santa Maria

  • 38 leitos, 34 ocupados (89%)
  • Todos leitos são exclusivos Covid-19

Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo

  • 71 leitos, 50 ocupados (87,7%)
  • Desses, 31 são leitos Covid-19 e 26 estão em uso (83%)

Hospital São Francisco de Assis

  • 10 leitos, 5 ocupados (50%)
  • Todos são leitos Covid-19

*Dados de 13 de julho de 2021

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