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VÍDEO: 1,2 mil pessoas têm segunda dose contra Covid-19 com atraso em Santa Maria

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Santa Maria teve, nesta semana, duas ações para colocar em dia a segunda dose. Mesmo assim, o município tem, atualmente, cerca de 1.200 pessoas com atraso no esquema vacinal. Entre a quantidade de pessoas que já tomaram a primeira dose, o número representa 0,7%.

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Canoas, por exemplo, tinha 6,1 mil pessoas com atraso na segunda dose até a última semana. Isso considerado apenas o imunizante da AstraZeneca (que é o único com déficit em Santa Maria). O dado é cerca de cinco vezes maior que o da maior cidade do centro do Estado. Mesmo assim, o município busca correr atrás do atraso.


REFORÇO
Desde a última semana, as ações para "recuperar" a segunda dose tiveram reforço de mais locais. Além da Policlínica Erasmo Crossetti, no Centro, também houve aplicações nas unidades básica de saúde (UBSs) Kennedy, no Bairro Salgado Filho, e Wilson Paulo Noal, em Camobi.

Os locais têm a fila formada por pessoas que faltaram na ação destinada a elas. Parte disso se dá devido à busca ativa feita pelas unidades de saúde, que orienta faltantes a como proceder. Foi o que aconteceu com Mari Ávila, 58 anos. Ela mora no Bairro Urlândia e tomaria a segunda dose na última semana. Entretanto, a dona de casa teve sintomas gripais, entrou em contato com a Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro e foi recomendada a ficar em casa. Assim, Mari teve que ir até a ação de recuperação na última terça-feira.

- A gente tem que dar valor às ações (de vacinação). E temos que ter comprometimento consigo e perante os outros. É importante tomar a segunda dose. Faz bem para nós e ao próximo - defende.

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MOTIVOS
Outras pessoas que se juntavam à fila, assim como Mari, perderam a segunda dose. Entretanto, quando questionadas pela reportagem o motivo, o principal foi não ter acompanhado o adiantamento da segunda dose. Isso ocorreu porque o intervalo  foi reduzido de de 12 para 10 semanas no Rio Grande do Sul. Em Santa Maria, a prefeitura adiantou em cinco dias. Posteriormente o Estado voltou atrás na decisão. O calendário adiantado foi mantido, mas outros adiantamentos não aconteceram.

- Sobretudo as primeiras antecipações causaram alguma confusão por parte da população. É importante dizer que dependíamos do envio de doses do Estado, que vêm do Ministério. O que tínhamos garantido era organizado para termos de 11 a 12 semanas da primeira dose - explica a secretária-adjunta de Saúde, Ana Paula Seerig.

Entre quem não tomou sequer uma dose, os principais motivos apurados pelo município são não ter disponibilidade em horário de ações ou não ter o conhecimento sobre estar apto para se vacinar. Além disso, há quem simplesmente não quer se vacinar. O número total de quem não tomou nem primeira dose, contudo, não é mensurado exatamente, já que a população vacinável por público-alvo é baseado na campanha de vacinação da gripe e não é exato.

ATRASO MAIOR
Em Santa Maria, o atraso de segunda dose é referente ao imunizante da AstraZeneca, cujo período indicado entre as doses é de três meses. Na última terça-feira, Diuliane Pinheiro de Lima Pascoal, 28 anos, estava na fila da Erasmo Crossetti seis meses depois da primeira dose, que ela recebeu em fevereiro.

Na época, ela trabalhava em uma instituição de longa permanência de idosos na cidade. Entre a primeira ação de vacinação no local e a segunda, a jovem deixou o posto de serviços gerais. Diuliane não foi chamada para completar o esquema vacinal. Em maio, Diuliane entrou em contato com a responsável no emprego anterior, mas recebeu como resposta que não seria chamada

- Deram a desculpa que esqueceram. A segunda dose, eu não sei para onde foi - lamenta.

Somente em julho, quando o marido de Diuliane tomou a primeira dose, ela tomou conhecimento das ações complementares. A segunda dose seria, então, aplicada seis meses depois.

Neste caso, quando a vacina é aplicada por uma instituição, a prefeitura repassa o montante de doses conforme a demanda de cada local. O lar de idosos afirma que realmente não chamou Diuliane, mas a orientou sobre como proceder e entrar em contato com o setor de imunização da prefeitura.

Por telefone, foi dito à reportagem do Diário, que nenhuma dose foi aplicada para alguma pessoa que já não tivesse recebido a primeira no local. O vacinômetro da prefeitura indica que foram distribuídas 677 doses a ILPIs para primeira aplicação e 676 para segunda.

ORIENTAÇÃO
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) afirma que não é preciso recomeçar o esquema vacinal em caso de atraso. Entretanto, para garantir a eficácia esperada com base nos estudos, as vacinas devem seguir o intervalo estipulado em bula.

No caso da AstraZeneca, a maior eficácia é observada com o período de três meses entre doses. Quem foi voluntário de testes desta vacina e recebeu em intervalo menor poderá participar de uma nova pesquisa para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade da aplicação de terceira dose.

EM SANTA MARIA
Se o tempo estiver adequado, é possível que o santa-mariense vá tomar a segunda dose mesmo que seja uma ação de D2 para outro grupo. É necessário, entretanto, que a fabricante da vacina aplicada seja a mesma da primeira dose.

Conforme a atualização de 3 de agosto do vacinômetro, 162.468 pessoas já tomaram a primeira dose no município. 67.309 têm a imunização completa com duas doses e 6.669 com doses únicas. O número de pessoas imunizadas em relação à população total é de 26%.

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