Atenção

Região Oeste contabiliza 52% dos casos de dengue em Santa Maria

A presença do mosquito Aedes aegypti já é registrada em 34 locais, entre bairros e distritos de Santa Maria. Dos 291 casos confirmados da doença até o momento, 152 são de moradores da Região Oeste, o que representa 52%. Apenas nos bairros Juscelino Kubitschek e São João, considerados de maior incidência da dengue este ano, 127 pessoas receberam o diagnóstico positivo. O óbito confirmado nesta terça-feira (2) é de um morador dessa região.

 
A Vigilância em Saúde busca reforçar as ações que contribuam para o controle do cenário, no qual a subnotificação também é o inimigo.

– Temos, desde 2013, o município infestado pelo mosquito Aedes aegypti. E fazemos o nosso trabalho não só nos surtos, mas cotidianamente. Desde que foram contratados mais agentes de saúde pública, em 2020, temos conseguido fazer em média 40 mil visitas por ano no município. Claro que há 146 mil imóveis, então, mesmo que tenhamos quase dobrado o número de agentes, ainda não é suficiente – diz o superintendente da Vigilância em Saúde, Alexandre Streb.

 
No final de março, foram realizadas as primeiras ações de pulverização com máquinas costais em bairros com possíveis focos do mosquito. Conforme a Vigilância em Saúde, o cronograma depende da avaliação técnica de cada local e da evolução da situação de infestação e contaminação. Além disso, a aplicação do produto obedece às condições climáticas, não havendo eficiência em caso de chuva ou neblina, além de não poder ser aplicado em horários de temperaturas muito altas.

 
Para Streb, o que diferencia a situação enfrentada pelo órgão em 2023 para os últimos três anos anteriores é justamente a condição climática.

– Nos últimos três surtos, tivemos um trabalho reforçado e conseguimos bloquear o surto através de ações e, claro, de uma condição climática diferente. Em 2020, 2021 e 2022, tivemos uma entrada de ano com estiagem, que favorece a não procriação do mosquito, e temperaturas baixas. Este ano, trabalhamos com a mesma intensidade, mas já prevíamos que seria diferente devido às chuvas que começaram ainda em fevereiro, além do calor prolongado. Então, vemos a condição climática como sendo a principal diferença entre os demais surtos ocorridos em Santa Maria nos últimos anos – finaliza o superintendente da Vigilância em Saúde.

 

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