que susto!

Proliferação de escorpiões preocupa moradores do Residencial Zilda Arns

Dandara Flores Aranguiz

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Moradora do residencial, a dona de casa Dinair da Silva achou dois animais debaixo da geladeira

A quantidade de escorpiões que têm aparecido no Residencial Zilda Arns, no Bairro Diácono João Luiz Pozzobon, tem preocupado os moradores da região nas últimas duas semanas. Os animais já foram encontrados no meio da rua, dentro de casa e até em cima da cama.

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- Eu matei seis atravessando a rua. Uma vizinha achou debaixo do armário da cozinha, a outra na área dos fundos de casa. É perigoso, porque tem muita criança aqui e elas gostam de brincar ali no mato, ali por perto. Geralmente, eles aparecem no entardecer e de noite. Hoje (sexta), o vizinho ali da esquina encontrou dois animais dentro de casa - conta o servente Carlos Santos, 43 anos.

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Os vizinhos acreditam que os bichos estão vindo de uma área verde próxima às residências que está com o mato muito alto. O local fica na frente da casa de Santos, e essa não seria a primeira vez em que os moradores enfrentam esse problema.

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- Ano passado, tinha um atrás de casa, querendo entrar no quarto. Só não entrou porque a porta não tinha um vão muito alto. Tranquilo a gente não dorme, pois as crianças dormem no chão, então, é bem perigoso - comenta o servente.

A dona de casa Dinair da Silva, 48 anos, também mora no residencial e conseguiu capturar dois escorpiões debaixo da geladeira, quando viu o cachorrinho de estimação da família querendo pegar o animal:

- A gente cuida o pátio, dentro de casa, mas se aqui na rua tem esse mato, não adianta nada.

RECOMENDAÇÕES
A Secretaria de Saúde informou que, até a sexta-feira, não teve registro ou notificação relatando picadas de escorpião. O Setor de Zoonoses da Vigilância Ambiental em Saúde também esclarece que os escorpiões geralmente encontrados em Santa Maria são da espécie Bothriurus bonarienses - conhecido como "escorpião preto". Conforme a prefeitura, esse animal tem menor poder toxicológico e o soro para tratamento está disponível no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). 

A Vigilância em Saúde orienta que, caso a população mate os animais, faça com segurança, como apertá-lo com um pedaço de madeira contra a parede ou o chão, para não resultar em uma exposição indevida às pessoas. Uma revisão de todo o espaço no interior da residência é fundamental, pois podem haver exemplares em sapatos, roupas e móveis como sofás e camas (veja o que fazer no quadro ao lado).

Em relação ao mato alto de áreas verdes da região, o Executivo informou que a limpeza de áreas verdes que são de responsabilidade do município segue um cronograma. A última ação no Bairro Diácono João Luiz Pozzobon ocorreu em outubro de 2018. A próxima limpeza está programada para a segunda quinzena de fevereiro.

Cuidados e o que fazer em caso de ataque de escorpião:

  • O clima úmido e quente do verão é ideal para o aparecimento dos animais, que se abrigam em esgotos e entulhos. Os escorpiões que habitam o meio urbano, como o escorpião-preto, alimentam-se de baratas, portanto, são comuns em locais com lixo
  • Na cidade, para evitar a entrada dos escorpiões nas casas e apartamentos, a recomendação é usar telas em ralos de chão, pias e tanques, além de vedar as frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas. Outra medida é afastar as camas e berços das paredes, e ainda vistoriar as roupas e calçados antes de usá-los
  • Nas áreas externas, as principais dicas são manter jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo doméstico. Também é importante manter todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para evitar baratas 
  • Nas casas que possuem gramado, ele deve ser mantido aparado. Não colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos e usar luvas e botas de raspas de couro para realizar atividades, como manusear entulhos e materiais de construção, e na jardinagem
  • Em caso de picada, deve-se ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo (no caso de Santa Maria, o Husm é o mais indicado). Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie, permitindo a avaliação mais eficaz
  • Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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