com a palavra

Ginecologista fala dos desafios da profissão

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Arquivo Pessoal 

Nascida no interior de Nova Palma, município da Quarta Colônia, Marilourdes Wendt Giuliani, 50 anos, é a filha mais velha de Nilo Egon Wendt e Neli Santi Wendt, falecida. Um dos irmãos, Jonas, é caminhoneiro e mora na comunidade onde foram criados. Emerson fez faculdade de Direito, é Delegado de polícia e vive em Porto Alegre. Da união com José Antônio Giuliani, nasceram os dois filhos, João Pedro, 20 anos e o Luiz Henrique, 16. Mari, como é carinhosamente chamada, é médica ginecologista com área de atuação em patologia do trato genital inferior e colposcopia. Formada pela Universidade Católica de Pelotas, ela fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Fêmina de Porto Alegre e é titulada em colposcopia pela ABPTGIC. Hoje, dedicada ao atendimento em consultório particular, a médica cuida da saúde de muitas mulheres. Nesta entrevista, ela conta um pouco da trajetória pessoal e profissional. 


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Diário - Como foi sua infância? Quais eram suas brincadeiras preferidas?
Marilourdes Wendt Giuliani - Minha infância foi muito pacata. Fui criada no interior, onde fiz todo Ensino Fundamental. Foi uma época de tranquilidade e segurança. As brincadeiras eram diferentes das atuais. Eu adorava os banhos de rio com os amigos, os passeios de bicicleta e, como toda menina, amava brincar de bonecas, é claro.

Diário - Por que se mudou para Santa Maria?
Marilourdes - A motivação para morar em Santa Maria veio dos estudos. Fiz o Ensino Médio no colégio Margarida Lopes, em Camobi. Meus pais sempre pensaram nos estudos e tinham uma casa perto da universidade. Um dos objetivos para a nossa mudança para Santa Maria era a ambientação fora de casa. Acabou que passei no vestibular em Pelotas, onde morei por muitos anos. Em 2006, iniciei os atendimentos na Cidade Cultura a convite de um colega muito querido.


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Com o irmão jonas (a partir da esquerda), o pai, Nilo, e o irmão Emerson, em junho de 2019 


Diário - Por que escolheu cursar Medicina?
Marilourdes - A medicina sempre foi o meu principal sonho. Não me lembro de alguma vez ter pensado em outra profissão. Estou certa de que tive sorte. Primeiro, por ter acertado na profissão. Segundo, na especialidade, e terceiro, na área de atuação. Minha formação foi em 1993, pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL). À época, o Crédito Educativo, sistema de financiamento do governo federal me propiciou estudar em uma faculdade privada e, assim, realizar esse sonho.

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Com os médicos Edmund Baracat e José Maria Soares Junior, durante um curso de laser de CO no Hospital de Clínicas, em São Paulo 

Diário - Como é sua rotina e quais são os maiores desafios na ginecologia?
Marilourdes - Minha rotina é muito tranquila. Atualmente, trabalho apenas no consultório. O bom dessa fase é saber o que vou fazer nas 12 horas seguintes. O maior desafio na minha área é trabalhar na prevenção do câncer de útero, o único para o qual existe vacina e, assim, a possibilidade de ser erradicado com rastreamento adequado.

Diário - Quantos partos já presenciou? Tem algum que marcou mais?
Marilourdes - Nunca contei o número de partos que fiz enquanto fazia obstetrícia. Com certeza, cada um foi único e especial. Acompanhar um nascimento é um momento muito gratificante. Ser obstetra exige disponibilidade constante. O nome obstetrícia tem origem no latim e vem de obstare, que significa "ficar do lado". Pessoalmente, não é fácil. Passamos muito tempo longe da família. É uma profissão que exige muita entrega e dedicação pessoal.

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Rafting, em Três Coroas, em 2017

Diário - E nas horas vagas, o que mais gosta de fazer? 
Marilourdes - Nas horas de descanso, sou bem caseira. Gosto de ler, assistir a filmes, curtir a família e estar entre amigos. Como eu e meus filhos adoramos História, estamos sempre planejando assuntos ou locais novos para conhecer e estudar. A cidade que curtimos muito conhecer juntos foi Berlim, o grande palco da história do século 20. Andar por lá, tendo em mente tudo o que aconteceu na região, é uma experiência única. Não sou de curtir praia, mas já acompanhei a família em algumas pelo Brasil. Sempre admiti que gosto mesmo do frio e da Serra. São Paulo é, na minha opinião, a cidade do Brasil onde tudo acontece. Fora daqui, é a minha cidade preferida tanto para passeio quanto para estudos, cursos e congressos.

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