Em dia de frio, famílias se mobilizam pela vacinação das crianças em Santa Maria

Em dia de frio, famílias se mobilizam pela vacinação das crianças em Santa Maria

Foto: Vinicius Becker

Santa Maria participa da Campanha Nacional de Multivacinação destinada a crianças e adolescentes menores de 15 anos. A estratégia, coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, tem início em nível nacional no começo de outubro e mobiliza unidades básicas de saúde para identificar e vacinar quem está com o esquema incompleto. No Rio Grande do Sul, a ação voltada a esse público começou nesta segunda-feira (6), com estimativa de público-alvo próxima a 1,8 milhão de pessoas no Estado.


+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp

Em Santa Maria, parte das unidades de Atenção Básica está participando da campanha com serviços de multivacinação. Na Policlínica José Erasmo Crossetti, para facilitar a busca pela vacinação, a prefeitura e as unidades de saúde orientam os responsáveis a levar a caderneta de vacinação no momento da procura. Foi o caso de Luciana Barcelos, 30 anos, e Erick Herculano, 33, que levaram os filhos Luísa, 2 anos e oito meses, e o pequeno Mateo, de apenas 10 dias, para atualizarem as doses.

 
- Sempre acompanhamos as ações, tanto pelo cartão de vacinação, quanto pelas campanhas de gripe, Covid, entre outras. A gente sempre agenda direitinho para dar todas as vacinas e ter certeza que estão bem imunizados, com tudo em dia - comentou a mãe.


Familia foi no inicio da tarde para a vacinação do pequeno MateoFoto: Vinicius Becker

Meta e público-alvo
A multivacinação tem como foco a atualização do calendário vacinal de crianças e adolescentes até 14 anos, 11 meses e 29 dias. A iniciativa é seletiva: as 14 vacinas disponíveis na unidade são aplicadas conforme a necessidade de completar esquemas ou repor doses em atraso, seguindo as indicações do Calendário Nacional de Vacinação.


Hoje nós viemos com os dois, mas apenas o Mateo vai ser vacinado pela BCG e para a hepatite B. A Luísa já tem todas as vacinas que precisa. A próxima só quando ela tiver cinco anos - explicou.


Enrolados em cobertores para se proteger do frio, o olhar desconfiado da irmã mais velha não deixava mentir: era um dos primeiros momentos de nervosismo na vida, por mais que Luísa fosse apenas acompanhar o irmão mais novo. O nervosismo passava para os pais também, que não queriam ouvir o choro de dor do pequeno, apesar da necessidade.

 
- O coração fica um pouco esmigalhado, mas tem que receber a vacina. Nós já estamos acostumados em função da Luísa. É para o bem deles, mas a gente sofre junto - finalizou, ao risos.

Luísa acompanhava seu irmão durante a vacinaçãoFoto: Vinicius Becker

Entre as prioridades desta edição da campanha estão a administração de vacinas contra poliomielite, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite A, HPV e, conforme orientações locais, doses de rotina para outras faixas etárias.

 

 
Situação no Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, a Secretaria da Saúde publicou orientações e calendário para a campanha, que vai até o final de outubro. O objetivo estadual é identificar crianças e adolescentes com doses em atraso e recuperar os esquemas vacinais, reduzindo vulnerabilidades locais a doenças imunopreveníveis. 

A SES/RS sinaliza que a mobilização envolve tanto a rede estadual quanto os municípios e que o Dia D de mobilização é uma peça central da estratégia. Em Santa Maria, as unidades que aderem a esta campanha funcionam com horários ampliados em dias específicos para facilitar o acesso das famílias.

 
Como funciona a multivacinação nas UBS de Santa Maria
A multivacinação nas unidades básicas segue um fluxo de verificação da caderneta: o profissional confere o histórico vacinal, identifica doses pendentes e aplica somente as vacinas indicadas para cada faixa etária e situação. O atendimento prioriza crianças e adolescentes que estejam com o esquema incompleto, além de ações de busca ativa de não vacinados quando identificados em cadastros ou por meio de escolas e programas sociais.

 
Importância da caderneta e do registro adequado
Profissionais de saúde reforçam que a caderneta de vacinação é o documento oficial para checagem e atualização de doses. Em campanhas como a de multivacinação, a apresentação do documento acelera o atendimento e reduz erros na administração de vacinas.

 

Casal acompanha o ciclo vacinal através da cadernetaFoto: Vitor Zuccolo


Recomendações para pais e responsáveis
As secretarias recomendam que os responsáveis consultem a caderneta antes de ir à UBS, verifiquem a lista de vacinas pendentes e, quando possível, procurem as ações do Dia D para maior disponibilidade de horários. Em caso de dúvidas sobre contraindicações ou histórico de reações a vacinas, as famílias devem procurar a equipe de saúde da unidade para orientação. As informações sobre datas, locais e horários das ações locais são divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria e pelas unidades de referência.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Rio Grande do Sul registra mais de 41 mil casos de dengue em 2025 Anterior

Rio Grande do Sul registra mais de 41 mil casos de dengue em 2025

Aapecan Santa Maria inaugura exposição fotográfica alusiva ao Outubro Rosa nesta quarta-feira Próximo

Aapecan Santa Maria inaugura exposição fotográfica alusiva ao Outubro Rosa nesta quarta-feira

Saúde