comportamento

Como gerenciar o tempo de forma produtiva é tema abordado pelo programa Faz Sentido

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Reprodução

"Gostaria, mas não tenho tempo", "Quando tiver tempo, eu faço", "Eu ia ligar, mas os dias passam rápido demais".

Você já deve ter ouvido e falado essas expressões bem mais do que gostaria. Afinal, a questão da falta de tempo tem sido um dos grandes conflitos da sociedade atual. Busca-se o tão sonhado tempo produtivo, mas não entender o que realmente isso significa é prejudicial.

Este assunto tão importante foi tema do programa Faz Sentido, do último domingo. Nas vozes dos apresentadores, a jornalista Fabiana Sparremberger e o psicólogo Carlos Eduardo Seixas, e com participação do público, o programa abordou os impactos da gestão (ou da falta) do tempo na vida das pessoas.

Precisa-se de tempo para conduzir as questões mais simples do dia a dia, tomar decisões, definir prioridades e, na medida do possível, fazer as escolhas certas. No entanto, falta espaço na agenda para tudo, e nesse corre- corre, as prioridades, vontades e necessidades são invertidas ou colocadas de lado.

APROVEITAMENTO
Conforme Seixas, as crenças relacionadas ao aproveitamento do tempo interferem, significativamente, em como se administra as rotinas. E, se isso não for trabalhado de maneira correta, acaba por contaminar, pressionar ou comprometer as decisões:

- Por exemplo, se a pessoa aprendeu que separar um tempo para fazer "nada" é perda de tempo, ela entende que descansar é errado. Ou então, pensa que tem que produzir o tempo todo, não consegue relaxar para, então, recomeçar. No entanto, parar e tomar um café com um amigo pode ser tão produtivo quanto horas de reunião. A falta de administração do tempo pode fazer mal,causando estresse, ansiedade, insônia e preocupação. Tanto é que essa é uma das grandes preocupações da humanidade: saber usar o tempo direito e, por consequência, viver bem - reflete o psicólogo.

Para Cadu, não existe certo ou errado na definição do que é tempo produtivo. Ele explica que se deve avaliar o que é melhor para cada indivíduo, sempre na busca de um equilíbrio:

- Tempo produtivo não envolve número, objetivos ou resultado. O que aprendemos em cursos de gestão serve para o trabalho, mas não para o lazer. Tempo produtivo, para mim, é quando eu me sinto bem. "Fazer nada" também é necessário. Brincar com o filho, assistir à TV, interagir nas redes sociais? Precisamos, também, ter momentos nos quais não se precisa pensar. Produtividade é equilíbrio, ou seja, pode envolver resultados ou não.

Para Fabiana, viver não pode estar condicionado a calcular cada minuto do dia:

- O tempo que se dedica a determinadas funções também é subjetivo, conforme demandas e necessidades das pessoas. Temos que nos dar o direito ao lazer. Descanso também é saúde, é bem-estar. Nem sempre precisamos viver conforme a agenda.

Na primeira semana de feira, mais de 11,1 mil livros foram vendidos

Se uma pessoa divide o tempo apenas em dormir, se alimentar e trabalhar, ela precisa repensar isso. Essas ações são necessidades. Com tempo ou sem, é preciso dar conta disso, mesmo que não queira ou não goste. Não são escolhas motivadas por sentimento ou bem-estar. Nem o lazer deve ser sob pressão, de acordo com Seixas.

PANDEMIA
Conforme Fabiana, muitas pessoas repensaram o estilo de vida a partir da pandemia. Algumas desistiram de determinadas funções, enquanto que outras tiveram coragem para tomar antigas decisões, entre elas, seguir em frente ou desistir de alguns projetos:

- As pessoas foram obrigadas a dar uma pausa e, para muitas, isso incomoda. É como se deixassem de ser produtivas. Tempo produtivo vai depender da realidade de cada um. Para mim, por exemplo, este conceito está atrelado à família e ao trabalho. Fico satisfeita quando eu chego no final do dia com as demandas cumpridas. Mas, diferentemente do passado, hoje, no meu dia, incluí exercícios físicos, leitura e uma boa conversa.

COMO GERENCIAR O TEMPO?
A técnica das três "caixinhas" diz que é necessário saber dividir as tarefas da seguinte forma:

  • O que tem que fazer
  • O que devo fazer
  • O que eu quero fazer

DEIXA FLUIR
Você organiza bem o seu tempo? Essa foi uma das perguntas que o público respondeu nas redes sociais do Diário. Mais da metade, 62% responderam que não conseguem organizar o tempo como deveriam ou gostariam. Já ao serem perguntadas sobre "o que é usar o tempo de forma produtiva?", as respostas variaram entre "o ideal seria estabelecer prioridades", "distribuir bem as tarefas", "executá-las no tempo planejado", "ter tempo para lazer", entre outras respostas.

Em um terceiro questionamento, o público respondeu o que vem em primeiro lugar entre trabalho, saúde, família e lazer.

Família foi a resposta que mais se repetiu. No entanto, para Fabiana, isso mostra muito mais o desejo das pessoas do que é a realidade:

- Ou seja, as pessoas identificaram que não têm conseguido manejar o tempo como gostariam. Seis entre 10 pessoas assumem essa necessidade. Percebemos, em um contexto geral, porque há tanta insatisfação em diversas áreas. Isso vai refletir na vida social, financeira, profissional e familiar. Com certeza, estar mais com a família é prioridade, mas, hoje em dia, se passa muito mais tempo no trabalho.

Para Seixas, o tempo investido nas demandas profissionais também pode ser uma forma de dedicação à família, de acordo com as respostas recebidas:

- A soma de todas essas partes deve levar ao bem-estar geral. Fico feliz em ver o lazer entre as quatro prioridades.

Ao pensar em tempo produtivo, deve-se incluir todas as áreas: saúde, lazer e filhos. Sempre vai existir o que precisamos e o que desejamos. Busca-se, então, uma gestão de tempo assertiva, mais uma vez, de acordo com o funcionamento de cada um. Tem pessoas que funcionam muito de madrugada, outras, cedo da manhã. É importante respeitar a si mesmo e o outro neste contexto.

E quanto à pausa? Para o psicólogo, conseguir "parar" é um ato saudável e necessário.

- As pessoas acabam emendando uma tarefa na outra, mas o cérebro precisa de descanso - alerta Cadu.

Nestas horas, o equilíbrio e a ponderação devem ajudar nas decisões, segundo Fabiana:

- Eu consigo, eu dou conta de tudo. Mas a que custo?

PROGRAMA FAZ SENTIDO
Neste final de semana, o assunto é outubro rosa

  • Quando - Domingo, das 11h ao meio-dia
  • Tema - Três mulheres compartilham o impacto com o diagnóstico de câncer de mama
  • Como acompanhar - Pela CDN, 93,5 FM, e pela TV Diário, nos canais 26 e 526 da NET, no YouTube da TV Diário e site do Diário. Apresentado por Fabiana Sparremberger e Carlos Eduardo Seixas

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